A partir da década de 80, sob o comando de Michel Platini, um dos melhores jogadores do mundo à época, a seleção francesa – Les Bleus (Os Azuis, em função da camisa) – se tornou uma premiada potência no futebol. Essa excelência seguiria na década seguinte com astros como Zinédine Zidane e Thierry Henry. E com eles mais títulos.
Surpreende que uma seleção tão celebrada seja detentora de apenas um título da Copa do Mundo. Para nós, brasileiros, enervante lembrar que este único título foi conseguido às nossas custas: em 1998, na final de uma Copa realizada em sua casa, a França venceu o Brasil por 3 a 0. E adiou o sonho brasileiro do pentacampeonato para a competição seguinte, em 2002.
Hoje em dia, o futebol francês não é o mesmo, mas não deve ser subestimado. A França conhece tanto o seu futebol quanto a sua natureza. De acordo com da UNEP-WCMC, o país mantém 3.170 áreas naturais sob proteção, o equivalente a 17% do território.
O sistema de proteção francês, diferente de muitos outros países, nunca adotou uma lei específica que regulamente áreas protegidas. A base legal da proteção ambiental francesa é o Código Ambiental de 2000, que consolida as várias leis e regulamentos existentes até então. O conceito de “área protegida” não é usado ou definido pela legislação francesa, que se refere apenas às diversas categorias por seus nomes (parques nacionais, reservas naturais, e assim por diante).
A ausência de uma definição, no entanto, não impediu o estabelecimento de 12 categorias de áreas protegidas com diferentes status. Os principais grupos são os Parques Nacionais (10, no total), Parques Naturais Regionais (48) e os Parques Naturais Marinhos (7).
O Parque Nacional dos Pirineus (Parc national des Pyrénées) é o mais visitado da França, com 1,5 milhões de visitantes por ano. Criado em 1967, ele protege os cumes, circos glaciares e vales de maior interesse ecológico da cordilheira. Seu clima ora tropical, ora gélido, criou uma flora única onde se destacam as ramondas, lírios-dos-pirineus e a flor de montanha Androsace ciliata. Entre as espécies animais protegidas estão a águia-real, o abutre, a marmota e o urso-pardo.
Do outro lado do Atlântico está a Guiana Francesa, na América do Sul. A antiga colônia, hoje é um departamento ultramarino, uma parte integrante da República Francesa e uma parcela de seu território. O Parque Amazônico da Guiana (Parc amazonien de Guyane) protege uma parte da floresta amazônica localizada dentro da Guiana Francesa. O projeto do parque foi concebido no contexto da ECO-92 (realizada no Rio de Janeiro), mas somente foi oficializado em 2007. Com 3.390.000 hectares é segunda maior área protegida de floresta amazônica do mundo, atrás do Parque Nacional das Montanhas do Tucumaque (3.846.429,40 hectares).
Veja abaixo algumas das figurinhas carimbadas das unidades de conservação da França.
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