O governo Bolsonaro completou nesta quinta-feira (30) a mudança na fiscalização ambiental do Ibama, troca de diretor e afastamento de servidores de cargos de chefia após a veiculação de uma reportagem produzida pelo Fantástico (Rede Globo) que acompanhou uma operação de fiscalização do Ibama em Terras Indígenas no sul do Pará.
Na edição de madrugada do Diário Oficial da União foi oficializada a exoneração do coordenador de operações de fiscalização do Ibama, Hugo Loss, um dos entrevistados na reportagem do Fantástico; e do coordenador-geral de fiscalização ambiental, Renê Luiz de Oliveira. Os atos são assinados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelo presidente do Ibama, Eduardo Bim.
O superintendente do Ibama no Pará, Walter Mendes Magalhães Júnior, coronel da reserva da PM de São Paulo, assumirá o cargo de Renê Luiz. Na vaga de coordenador de operações de fiscalização está nomeado o servidor Leslie Nelson Jardim Tavares, analista ambiental lotado em Manaus.
A queda dos dois servidores era esperada desde a exoneração do Diretor de Proteção Ambiental, Olivaldi Azevedo, demitido oficialmente para uma mudança de rumo no Ibama — extraoficialmente por não controlar seus subordinados.
Em nota publicada na semana passada, a Associação Nacional de Servidores de Meio Ambiente (Ascema) afirmou que as exonerações do comando da fiscalização ambiental do Ibama traziam insegurança às equipes em campo e ameaçam a permanência dos trabalhos.
Megaoperação
A megaoperação do Ibama ocorreu nas Terras Indígenas Araweté (povos Araweté e isolados do Igarapé Bom Jardim), Trincheira Bacajá (Kayapós e Xikrin) e Apyterewa (povo Parakanã) em março. Na reportagem publicada pelo Fantástico no dia 12/04, aparece queima de maquinário usado em garimpo. A operação tem desagradado grupos apoiadores do governo e o governo iniciou a mudança na fiscalização, finalizada hoje.
No dia 21 de abril, dezesseis analistas ambientais enviaram uma carta endereçada ao presidente do Ibama, Eduardo Bim, pedindo a permanência dos chefes. Não foram ouvidos.
“Após resultados expressivos na Amazônia Legal e nos demais temas da fiscalização ambiental, entendemos que os coordenadores exercem condignamente sua atividade e conquistaram a lealdade profissional dos Agentes Ambientais Federais. Nesse contexto, estranhamos o momento das pretensas exonerações, entendendo que, se efetivadas, poderiam refletir retaliação aos servidores. Vislumbra-se, ainda, a possibilidade de dificultar ou, talvez, obstruir as investigações e as operações em curso, senão por uma ação direta, ao menos como resultado de uma mudança de gestão que implicaria em descontinuidade dos trabalhos desenvolvidos”, disseram, em nota.
Segundo dados do sistema de alerta Deter, do INPE, no primeiro trimestre de 2020 o desmatamento aumentou 51%, em comparação ao mesmo período do ano passado. A quarentena voluntária por causa da pandemia do Covid 19 tampouco arrefeceu os ânimos dos desmatadores em transformar floresta em pasto. Após uma aparente calmaria, observada entre março e começo de abril, os dados preliminares dos sistemas de alerta apontam para um acentuado aumento do desmatamento na Amazônia.
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Lá vem o Brasil descendo a ladeira!
Quem manda é o Presidente da Repúblics – é a Constituição, as leis.
Parabéns ministro tem que ter pulsos forte contra essa cambada de ditadores ambiental
mais um dos milhares de robôs.
Vai faltar peça de reposição.
Salle$ão deixando sua marca. Mais um poodle adestrado.
Vai faltar bolinha……………………….