Foi suspensa na última quinta-feira (09) a licitação para realizar as obras de duplicação da rua da Marinha, em Belém, no Pará. De acordo com a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), o motivo da suspensão se dá por razões de interesse público decorrentes de fatos supervenientes da Administração.
A obra, que foi denunciada pelo site ((o))eco, pretendia rasgar o Parque Ecológico Gunnar Vingren (PEMB) para que tivesse a ampliação de uma via expressa. O projeto foi apresentado pela vice-governadora Hana Ghassan (MDB) durante o lançamento do Anuário do Pará 2023-2024, ocorrido em fevereiro deste ano. Na ocasião, a obra foi justificada para desafogar o trânsito na capital visando a COP 30.
A estrada interligaria seis bairros da capital paraense, com uma área de 3,5 km de extensão, ligando a avenida Augusto Montenegro com a avenida Centenário, além da rotatória. Entretanto, havia uma disputa entre a Prefeitura de Belém, que se negou a autorizar um pedido do governo estadual, realizado em novembro de 2023, quando solicitou a emissão de Licença Ambiental Prévia e de Instalação para as obras de urbanização.
Mesmo sem a licença para que fosse realizado a obra dentro do parque municipal, uma concorrência eletrônica havia sido registrada no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para a contratação de empresa de engenharia especializada para execução do projeto, solicitada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Seop), no valor de R$213 milhões.
A revogação do procedimento licitatório foi assinada pelo secretário de Estado de Obras Públicas (Seop), Benedito Ruy Santos Cabral, na semana passada. Ao acessar a concorrência eletrônica da contratação, consta como compra revogada.
Além da licitação para solicitação de contratação de empresa de engenharia especializada para a duplicação, também foi revogado a concorrência eletrônica para a obra de execução da Perna Norte, que iria da Rua da Marinha ao Canal do Bengui, alegando o mesmo motivo.
“Essa é uma vitória para toda a comunidade do Médici 1 e 2, que visa a preservação do meio ambiente e do Parque Ambiental Gunnar Vingren! Por ora, não haverá devastação do parque. Vamos continuar monitorando de perto essa conquista!”, declarou, em nota, o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Médici I e II, Alexandre Bastos.
O Parque Ecológico Gunnar Vingren (PEMB) é uma área verde cedida para a Prefeitura de Belém pelos moradores do Conjunto Médici I e II, na década de 70, com uma área de 44 hectares, para transformá-lo em um parque ecológico, o que aconteceu vinte anos depois, em novembro de 1991, pela Lei municipal nº 7.539.
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Sempre a velha desculpa de que é para melhorar o trânsito. Se essa fosse mesmo a real intensão, duplicariam a Rodovia Arthur Bernardes, a Rua do Una ou a Transmangueirão à qual a ex-governadora Ana Júlia teve a cara de pau de ir lá pessoalmente e anunciar para os moradores a tal duplicação com verbas já captadas.
E onde foi parar esta verba? Pois as obras não saíram do papel.
Que bom! Não queremos mais destruição urbana, terras quilombolas, indígenas e de todos povo tradicional, já sabemos que no final quem mais sofre, somos nós .
Gostaria que o incautos do desenvolvimento e modernidade de Belém, fossem em Recife PE, passear ou a trabalho para que vejam com os próprios olhos as vias e viadutos sobre os mangues.
Enquanto tiverem esses pensamentos Belém continuará sendo o quê é,……
Se passarem rua se aprontem para invasões e já era a área, vamos melhorar as vias que já existem e um transporte público de qualidade.
Mais uma vez o povo saindo prejucado pela agenda ambiental.
Prefiro-me manter como mero telespectador nesse fato emblemático, torcendo para que a melhor saída seja encontrada e o menor prejuízo sejam realizados.
Moro na Rua da Marinha a 47 anos e a duplicação da Rua da Marinha seria uma grande vitória para desafogar o trânsito e para o povo Belenense, este tal parque sempre foi abandonado desde a sua inauguração, sou a favor da preservação da natureza mas também sou a favor do desenvolvimento da nossa querida Belém do Pará
Mais uma oportunidade perdida. Assim como foi naquele encontro Internacional, na época da ingovernança da Ana Injúria. Perde-se outra chance de evoluir, nesta porcaria de cidade, do “já teve” do “já foi”.
Nota-se, com atitudes como essa, que as pessoas usadas como ferramentas políticas, não têm a menor ideia do que seja preservação ambiental. Não é ter um matagal, intitulado “parque”, que se tem um ambiente favorável.
Mais 50 anos passarão e, mais gerações de paraenses permanecerão no atraso. As brigas políticas continuarão ocorrendo e, os manobrados permanecerão discutindo e, bradando pelos quatro cantos; “o meu prefeito é o melhor”, “o meu governador é o cara”.
Danem-se, bandos de …….
pura verdade!!! indiguinante.
Que fique bem claro que sou a favor da preservação do meio ambiente, porém é impressionante que tudo que é para beneficiar a população e o interesse coletivo, sempre aparece alguém para remar contra.
.moro na Marambaia á 52anos e conheço bem os problemas do nosso amado bairro.
Esse “parque ambiental” foi só inaugurado mas nunca deram a mínima e nunca funcionou de fato para a população, tanto é queencontra-se fechado e está servindo de depósito de lixo, entulhos e também para fuga de bandidos e despacho de macumba.
Oque me deixa mais triste é saber que essa briga não é pela população mas sim por questões políticas.
De um lado o edlixo o prefeito do lixo e do outro lado o Helder robalho o famoso rouba mas faz.
Pensem no interesse das pessoas envolvidas no trânsito, isso passa a ser até questão de vida.
Mas mobilidade urbana salva vidas na hora da urgência.
Não olhem para o interesse individual, mas olhem para o coletivo .
Primeiramente, Despacho de macumba? !Isso aí e discriminação religiosa.
Segundo areas verdes são sempre positivas pois mantem o microclima urbano e melhoram as ilhas de calor formadas. Belém é uma cidade quente e carece de mais áreas verdes, mesmo que situada no meio de uma floresta ombrófila.
Terceiro, precisa de menos rodovias e mais transportes públicos de qualidade, metrô, trens, bondes, Brts, chega de mais vias pra circular carros particulares e caminhões.
Impressionante!
Tudo que é para beneficiar a população, sempre aparece alguém para remar contra o interesse coletivo.
Moro na Marambaia á 52 anos e tudo que vejo é um “parque” que nunca deram a mínima tanto é que está servindo de depósito de lixo,entulhos, fuga para bandidos e o “parque” encontra-se abandonado e fechado sem condições mínimas de uso para a população.
Passou de interesse coletivo para briga política.
De um lado o edlixo o prefeito do lixo e do outro lado o Helder robalho o famoso rouba mas faz.
Só leio comentários de gentinha com mentalidade de dendroclasta, impressionante.
Vitória de um pequeno grupo e uma enorme derrota para todo restante da população da região metropolitana, assim continuamos com o nosso atraso eterno.
É por isso que não saímos do atrazo. Uma obra para melhorar a vida de pessoas e vem estas porcarias para botar areia.