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Bolsonaro admite ser difícil escolher novo ministro do Meio Ambiente

“Estamos procurando aquele que melhor se adapte àquilo que eu quero”, afirma Bolsonaro, sobre indefinição quanto ao ocupante da pasta

Daniele Bragança ·
5 de dezembro de 2018 · 5 anos atrás
Presidente eleito ainda não decidiu quem comandará o novo ministério do Meio Ambiente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, adiou mais uma vez o anúncio sobre o novo titular do ministério do Meio Ambiente. Há pelo menos duas semanas o novo presidente adia a nomeação. Nesta quarta-feira (05), ele explicou o motivo: “Temos bons nomes, mas estamos procurando aquele que melhor se adapte àquilo que eu quero, ou seja, a preservação do meio ambiente sem prejudicar outras atividades” disse.

Durante a coletiva, Bolsonaro voltou a criticar a legislação ambiental por dificultar a economia e disse que o país precisa “de segurança jurídica”.

Disputa

Há pelo menos três nomes fortes na disputa pelo ministério do Meio Ambiente. O engenheiro agrônomo Xico Graziano, o advogado Ricardo Salles, fundador do Movimento Endireita Brasil e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o delegado Alexandre Silva Saraiva, superintendente da Polícia Federal no Amazonas. Segundo o Estadão, Bolsonaro conversou por telefone com o delegado na terça-feira (04), mas não se sabe se houve convite. Xico Graziano tem bom trânsito tanto na área ambiental quanto na rural e experiência nas duas, mas sua ligação com os tucanos dificulta a nomeação. Já Ricardo Salles, apesar de ter o perfil que o presidente eleito busca, responde a processo por improbidade administrativa.

Enquanto o novo presidente decide, dois grupos dentro do governo de transição analisam propostas para a área ambiental. Um grupo é liderado pelo biólogo Ismael Nobre e outro por Evaristo Miranda, da Embrapa, que recusou o convite para ser ministro, mas ajuda o novo governo na tarefa de reestruturar o ministério.

Entre as mudanças, estão sendo estudadas a fusão do órgão licenciador e fiscalizador, o Ibama, com o ICMBio, que cuida de unidades de conservação e de espécies ameaçadas. O motivo alegado é o enxugamento da máquina e a diminuição de cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS) nas autarquias. Outra modificação é o novo endereço da Agência Nacional da Água, que deverá ser incorporada por outro ministério, talvez infraestrutura.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 2

  1. Calma_povo diz:

    O "pobrema" é que essa galera do meio ambiente é muito histriônica


  2. Rafaelo diz:

    A falácia do espantalho não se aplica quando o presidente da república eleito não perde a oportunidade de deixar claro o quanto detesta o meio ambiente