O ano de 2018 começa com uma boa notícia para a conservação. É que no último domingo do ano de 2017 (31), a China proibiu totalmente o comércio de marfim. O anúncio foi feito pelo Ministério das Florestas, que afirma que a proibição inclui o comércio eletrônico e os suvenires obtidos no exterior.
A China é considerada o maior consumidor mundial de marfim, legal e ilegal, e desempenha um papel importante no abate anual de cerca de 30.000 elefantes africanos por caçadores. O marfim é utilizado na produção de bugigangas, pauzinhos e outros itens ornamentais, além de ser um ingrediente na fabricação de remédios usados da “medicina” chinesa.
A medida ocorre dois anos depois de uma promessa conjunta com os Estados Unidos. Em 2015, o presidente chinês, Xi Jiping, seguido do então presidente Barack Obama decidiram proibir o comércio interno de marfim. Com a decisão, todas as fábricas de escultura e varejistas de marfim com sede no governo da China irão fechar. A proibição de marfim dos EUA entrou em vigor em junho de 2016. A entrada em vigor da China em 31 de dezembro de 2017.
Uma proibição internacional do comércio de marfim entrou em vigor em 1990, mas a China continuou a permitir – e até mesmo promover – vendas de marfim dentro de suas fronteiras.
A Administração Florestal Estadual da China, a agência encarregada de impor a nova proibição, está iniciando uma campanha para garantir que os cidadãos do país tenham conhecimento da lei.
Ambientalistas entenderam a medida como uma demonstração do compromisso chinês de acabar com o seu protagonismo na epidemia de caça furtiva que atinge os elefantes da África.
*Editado em 04/01/2018, às 16h58.
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