Uma área superior a duas cidades de Belo Horizonte deixou de ser floresta no mês de abril na Amazônia Legal, segundo dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon). Uma área de 778 quilômetros quadrados foi desmatada em abril, este é o maior valor registrado para o mês nos últimos 10 anos.
O desmatamento no mês cresceu 45% em relação ao mesmo mês no ano passado. A tendência de aumento expressivo do desmatamento na Amazônia tem sido verificada pelos órgãos que monitoram a floresta. O sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), também verificou um aumento recorde de desmatamento em abril.
Entre os estados campeões em derrubar florestas, o Amazonas lidera o ranking, com 28% do total, seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%).
Nos municípios de Lábrea e Apuí, no Amazonas, houve a perda de 126 km² de floresta, o que equivale a quase 60% de todo o desmatamento do Estado registrado em abril.
A maioria do desmatamento que foi registrado em abril deu-se em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse (68%), e o restante foi registrado em Assentamentos (19%), Unidades de Conservação (11%) e Terras Indígenas (2%), sendo o Mato Grosso o estado mais atingido, com TI Piripkura liderando o ranking, com 8 km² de área desmatada, seguido da TI Kayabi (MT/PA), TI Aripuanã (MT/RO) e TI Urubu Branco (MT).
Ao analisar as Unidades de Conservação, o Pará possui 5 dentre as 10 mais atingidas: APA Triunfo do Xingu (PA), Flona do Jamanxim (PA), Flona de Itaituba II (PA), Esec da Terra do Meio (PA) e Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo (PA).
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A farra esta solta. E os governos……………………………..aliás que governo.