
A Área de Proteção Ambiental do Xingu e a Floresta Nacional do Jamanxim, ambas localizadas no Pará, foram as unidades de conservação mais desmatadas em abril. Juntas perderam 12,33 quilômetros quadrados em 30 dias. O quarto mês de 2019 apresentou uma leve redução, de 10%, no desmatamento na Amazônia Legal, em comparação ao mesmo período de 2018, quando foram desmatados 217 km².
Embora no acumulado do ano a tendência continua apontando para cima, a curva tem diminuído a cada mês. É o que mostra os dados do Boletim do Desmatamento (SAD), do Imazon, organização da sociedade civil que realiza o monitoramento independente do desmatamento e degradação do maior bioma do país.
Mato Grosso repetiu março e manteve a liderança no ranking de estado que mais desmatou, sendo responsável por 31% do desmate ocorrido no período, seguido de Amazonas (30%), Pará (16%), Rondônia (12%), Roraima (9%) e Acre (2%).
Alvo de invasão de garimpeiros, a Terra Indígena Yanomami (RR/AM) perdeu 45 hectares em abril. A Funai anunciou a reabertura de duas bases para conter o conflito na região. Extração ilegal se alastra no território dos povos Yanomami e Ye’kwana. Até dezembro, o Exército mantinha bases na TI, o que inibiu e conseguiu expulsar garimpeiros. O abandono da base fez o território voltar a ser alvo.
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Estas pragas de garimpeiros.