Uma vistoria realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) levou à apreensão de 14.233 dormentes de madeiras nativas da Amazônia que seriam utilizados para a construção de trilhos para ferrovia da empresa Vale. A inspeção foi feita no dia 20 de abril, no pátio da Estrada de Ferro Carajás, em Açailândia (MA).
Dormentes são peças colocadas transversalmente à via férrea e sobre os quais passam os carris ou trilhos. Durante vistoria, os analistas do órgão ambiental suspeitaram que as travessas de madeira estocadas no local não estavam em conformidade com as informações das notas fiscais. O lote de madeira, negociado como eucalipto, continha espécies nativas da Amazônia, como “Roxinho” (Peltogynes sp), “Jatobá” (Hymenaea sp) e “Cedrinho” (Erisma sp).
Os agentes ambientais aplicaram auto de infração no valor de um pouco mais de R$ 4,2 milhões contra a Vale por manter em depósito a madeira nativa sem licença válida.
Em nota, a mineradora informou que somente adquire produto florestal processado e que já acionou a fornecedora dos dormentes para que preste os esclarecimentos e apresente toda documentação necessária para atendimento a notificação do órgão ambiental.
O Ibama investiga os fornecedores e o local de extração da madeira nativa identificada durante as ações de fiscalização. Os resultados serão encaminhados ao Ministério Público do Estado para a apuração de responsabilidade na área criminal.
*Com informações do Ibama
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Empresa bandida.
VALE empresa destruidora e assassina.
Vai ter luta!!!
A Vale merecia um sanção beeem didática por essa!!!