O incêndio que há três dias atinge a região de Alter do Chão e Ponta de Pedras, em Santarém, no Pará, começa a ser controlado. Alter é conhecido mundialmente pelas praias de água doce formadas pelo rio Tapajós. O primeiro foco de queimadas foi identificado no sábado (14) e atingiu uma área de mata conhecida como Capadócia, que fica entre a localidade de Ponta de Pedras e a vila de Alter do Chão, onde está a Área de Proteção ambiental (APA) do mesmo nome.
Uma força tarefa foi montada para combater o incêndio. O fogo começa a ser controlado na região dos Macacos. Agora, as atenções estão voltadas para uma ilha de difícil acesso próximo à Ponta de Pedras, onde o foco permanece grande.
“Nós identificamos três focos na área. Um deles já foi controlado e, em dois pontos, estamos combatendo o avanço das chamas. Trabalhamos de forma intensiva para resolver o problema”, informou o comandante do 4° Grupamento Militar, o tenente coronel Tito Azevedo.
Mas o combate às chamas não está sendo fácil. Segundo o próprio tenente coronel, o clima seco da região dificulta o trabalho das equipes. “Não chove há aproximadamente 20 dias e os ventos fortes dificultam o combate. O local também é de difícil acesso, porém estamos com ações estratégias para resolver o problema”, reforçou.
Na manhã desta segunda-feira (16), um drone foi utilizado para fazer o reconhecimento da área. O sobrevoo ajudou as equipes a identificar os locais afetados e distribuir as frentes de trabalho para atuar de forma intensiva.
Segundo nota divulgada pelo Governo do Pará, estão trabalhando no combate às chamas um total de 227 pessoas, sendo 57 militares do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), 150 homens do Exército Brasileiro e 20 brigadistas voluntários treinados pelos bombeiros. Foi feito um “aceiro” (área semelhante à uma trilha que é limpa para isolar a área) com o objetivo de quebrar o avanço dos focos.
Fogo não atingiu moradias da Vila de Alter do Chão
Segundo informações de Caetano Scannavino, coordenador da ONG Projeto Saúde e Alegria – que atua desde 1987, na Amazônia, junto a comunidades ribeirinhas –, o fogo foi por trás do Lago Verde, na região da APA de Alter do Chão, mas não atingiu a parte onde estão as moradias da Vila e nem a Ilha do Amor, cartão postal do balneário.
Há suspeitas de que o incêndio seja criminoso. A Polícia Civil do Pará está à frente das investigações, por meio da Delegacia de Conflitos Agrários de Santarém.
Ainda não se sabe os danos ambientais provocadas pelo incêndio. Levantamento que deverá ser feito após o último foco conseguir ser apagado.
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Mas este governo do Pará é omisso, Procurem a vida e as falas para o passado recente dos políticos deste Estado.
Nada, digo nada é por acaso.