O ano de 2015 ardeu. A terra indígena Arariboia, no Maranhão, viu o fogo consumir 53% de seu território em mais de um mês de queimada intensa. Fumaças tomaram conta das ruas da capital do Amazonas e brigadistas penaram (sem equipamento e com pouca ajuda do governo estadual) para acabar com os focos na Chapada Diamantina, na Bahia. De acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), os focos de queimadas aumentaram 28% em 2015, em comparação com 2014.
De janeiro a dezembro, foram registrados 236 mil focos do fogo no país, contra 184 mil de 2014. Este é o segundo maior número de focos de queimada da série histórica do INPE, que começa em 1998.
Até agora, o recorde foi registrado em 2010, com 249 mil focos. Em 2015, ainda de acordo com dados do INPE, os estados que concentraram maior número de casos foram Pará (45 mil focos), Mato Grosso (33 mil), Maranhão (30 mil), Bahia (18 mil) e Amazonas (15 mil).
O período de queimada acompanha a diminuição das chuvas na Amazônia: de agosto a dezembro. Esse ano, setembro foi o mês mais sofrido: foram registrados 72 mil focos em todos o país.
Leia Também
Queimadas em Unidades de Conservação dobram no primeiro semestre de 2015
Leia também
Queimadas em Unidades de Conservação dobram no primeiro semestre de 2015
Foram identificados 10.036 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 22 de junho de 2015, enquanto em 2014 havia 4.798, um aumento de 109,23%. →
Chapada Diamantina está em chamas, de novo
Brigadistas e voluntários lutam desde agosto para acabar com focos de incêndio no Vale do Capão e em outros pontos do parque nacional. →
Mais fumaça no horizonte do Amazonas
Doze mil focos registrados: este já é o ano com maior número de queimadas detectados no estado do Amazonas, desde o início da série história, em 1998. →