Em mais uma repercussão do “Caso Naja”, a Justiça atendeu a um pedido do Ibama e determinou o afastamento da servidora Adriana da Silva Mascarenhas, que era coordenadora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETAS) do Distrito Federal, suspeita de envolvimento no caso de tráfico de animais silvestres. A solicitação foi expedida pelo juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília.
A história da Naja, cobra exótica e peçonhenta, que estava em posse ilegal do estudante Pedro Krambeck, levantou suspeitas sobre uma rede de tráfico de animais silvestres, já que além da Naja foram encontradas outras cobras até tubarões em situação igualmente irregular em domicílios ligados ao estudante. O pedido do Ibama pelo afastamento da servidora indica exatamente a suspeita do órgão de que ela estivesse envolvida “com fatos investigados relacionados à organização de tráfico internacional de animais silvestres” e cita a “prática de ato de improbidade na emissão de licenças para transporte de animais”.
Mascarenhas teria concedido uma licença que permite a captura, coleta e transporte para Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Krambeck e suspeito de integrar o esquema de tráfico. O documento assinado pela servidora foi encontrado por policiais e fiscais do Ibama durante operação de busca e apreensão na casa de Gabriel.
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