Palavras do embaixador extraordinário de Mudanças Climáticas, Sérgio Serra, em seu encontro diário com os jornalistas.
“O grupo de florestas (desmatamento evitado) já discutiu por mais de 10 horas a questão e não chegou a um acordo.
Hoje foi um dia para se entender melhor as diferenças que estão travando essa negociação. Uma das coisas é que os países estão brigando em torno de duas siglas. RED significa Reduction of Emissions from Deforestation (Redução de Emissões por Desmatamento) e REDD, a mesma coisa mas com o acréscimo de Degradation (Degradação) no final. No entanto, a distância entre as duas siglas vai muito além de um simples ‘D’. Evitar as emissões de desmatamento (RED) quer dizer que a ONU vai considerar apenas o corte raso de florestas no desenho de um mecanismo financeiro de compensação. Já no caso de emissões por desmatamento e degradação, além do corte raso, o carbono do uso de lenha ou advindo de pequenas lavouras nas matas também poderiam ser contabilizados e gerar créditos de carbono. O Brasil, por exemplo, acha que é impossível definir bem o que é degradação e quando carbono é emitido.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →


