Reportagens

Dilma chega à COP15

Na véspera de seu aniversário, ministra da Casa Civil chega a Copenhague e diz que é "absurdo"  flexibilizar responsabilidades dos ricos e reforça que Brasil continua no grupo dos emergentes.

Redação ((o))eco ·
14 de dezembro de 2009 · 15 anos atrás

Depois de uma reunião com 60 ministros recém chegados à COP15 neste domingo, a ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff e o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc deram a primeira entrevista coletiva em Copenhague. Praticamente só se ouviu a voz de Dilma, que apesar de ter dominado o discurso, deixou a maioria das perguntas dos jornalistas sem respostas. A ministra, que passou a comandar a delegação brasileira na Conferência do Clima e nesta segunda completa 62 anos, frisou que o Brasil não vai abrir mão da responsabilidade dos países desenvolvidos em nome do fechamento de um acordo sobre clima, e reforçou que apenas eles têm o dever de contribuir financeiramente com um fundo climático. “Não vamos fingir que somos desenvolvidos porque não somos. Nossas emissões per capita são muito baixas”, disse Dilma.

A ministra reafirmou que o Brasil cumprirá as ações de mitigação anunciadas em novembro (redução das emissões nacionais entre 36 e 39% até 2020) com recursos do orçamento da União, mas havendo acesso a financiamentos internacionais o cumprimento das metas voluntárias ocorrerá mais rápido. No final da entrevista, Dilma revelou que o Brasil apoia a criação de uma meta global de redução de emissões em 2050 da ordem de 50%. Nos rascunhos do acordo liberados até agora, existem propostas para que essa diminuição chegue a 85% ou 95% na metade do século.

Veja vídeo com trecho da entrevista


Leia também

Notícias
8 de novembro de 2024

Nova meta de redução de emissões brasileira não tem alinhamento com o 1.5°C

Governo brasileiro anunciou sua nova NDC na noite desta sexta-feira, véspera da Conferência do Clima da ONU. Sociedade civil pedia meta mais ambiciosa

Notícias
8 de novembro de 2024

A pressa para catalogar espécies de insetos antes que sejam extintas

Editores de 𝘐𝘯𝘴𝘦𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘉𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭, professores pesquisadores da UFPR estimam que há mais espécies para serem descobertas do que as mapeadas até agora

Análises
8 de novembro de 2024

Obstrução da COP16: a distância entre o discurso e a prática

Nem os países ricos nem os países demandadores de recursos, em boa parte, têm dado uma demonstração mais efetiva de que estão realmente determinados a gerar alterações em seus modelos de desenvolvimento

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.