Nascido e criado nesta cidade, este homem de cabelos brancos e olhos claros relata com orgulho como sua querida Virgem de Água Santa recuperou a água para Banhos logo após o terremoto de 1949. “No terremoto perdemos a água, secou, e no mês seguinte apareceu novamente, mas foi como um milagre de Deus. Quando isso aconteceu veio meu irmão maior e com o padre levaram a Virgem até o lugar onde era a nascente, e a puseram ali para oferecer uma missa. Depois que começou a missa alguém disse: A água! A água! Isso sim foi um milagre, porque nesse momento brotou a água. Desde essa época, parece que chega a ter mais importância a Virgem, com todo o mundo que aqui chega. Por isso gostam muito da Virgem, porque as pessoas vêm e se curam”.
Com os olhos bem abertos e a voz emocionada, Gustavo nos conta sobre o lugar. “As pessoas vem aqui em primeiro lugar pelos milagres da Virgem, são curados com essa água bem quente, bem quente! As pessoas tomam banho aqui e depois já saem andando. A água faz muito bem, por isso continua chegando muita gente”. E é que a água em Banhos é a coluna vertebral, “a água é uma base primordial para Banhos, porque por isso tem bastante turismo, você vem nos sábados e domingos e vê tudo cheio. Entra e sai gente, e a igreja também fica cheia”.
Como outras pessoas em Banhos, Seu Gustavo tem certeza de que a Virgem sempre os protege das erupções do Tungurahua. “Só se tem visto fumaça e algumas pedras, mas não aconteceu nada mais importante, porque a mãe de Deus é a que nos salva. Temos fé”. Com a mesma certeza, confessa que sem água Banhos não seria a mesma coisa.
Seu Gustavo não nos deixa ir embora sem a recomendação de visitar as piscinas de águas termais, onde ele também vai uma vez por semana para aliviar qualquer mal que possa ter. “Mas vai, vai agora mesmo, tem que visitar”.
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