![]() |
Uma alta silhueta aparece no pequeno negócio onde se ofertam diferentes bebidas, é Seu Marcelo. No começo surpreendido e tímido, este homem de barbas brancas nos conta que mora neste lugar há 20 anos com sua esposa Rocio.
Como agrônomo, ele gosta muito de flores e da natureza, por isso escolheu este lugar para viver, onde abriu uma pousada aos pés da cascata. “Nestes anos conseguimos criar uma amizade muito linda com a natureza, com as borboletas, as aves, as plantas”, diz Seu Marcelo.
Sendo uma zona com alta porcentagem de precipitações, os solos são arenosos e pedregosos, causando uma rápida erosão pela água. Nos últimos 10 anos ocorreram três enchentes. A mais forte foi há dois anos, em fevereiro de 2010; as águas do Rio Chinchín que estavam represadas transbordaram e chegou uma enorme onda de água que arrasou tudo. “Nós tivemos 15 minutos para sair correndo, fiquei só com a chave do que foi a pousada”.
Com saudades, Marcelo e Rocio nos mostram seu álbum de fotos, onde podemos voltar no tempo e ver a cascata original, e conhecer a casa que tanto esforço e sacrifício lhes custou. “Agora estamos começando de zero, mas não deixaremos este lugar por nada”. A enxurrada levou tudo o que tinham exceto sua vontade de viver perto deste lugar mágico, que certamente é o que os enche de energia e forças para continuar. Abraçados, se despedem com um sorriso e nos convidam para voltar, para ver os avanços na reconstrução de seu negócio. Com certeza, voltaremos.
Leia também

Petróleo gera royalties, mas não desenvolvimento na Amazônia peruana
A exploração de petróleo no Peru gera milhões para obras públicas, mas, em 2023, apenas metade dos recursos chegou aos municípios amazônicos →

Enquete mantém alta rejeição a rebaixamento da Serra do Itajaí de parque para floresta nacional
O autor da proposta diz que a mudança resolveria conflitos com propriedades privadas dentro da unidade de conservação →

Cerrado em Cores: um mergulho no fantástico mundo das flores e beija-flores
Mais do que uma visão encantadora, a relação dos beija-flores com diferentes flores nativas do Cerrado ajuda na resiliência e regeneração do bioma →