A Pegada Global da Água é um projeto com base nas pesquisas realizadas pela Unesco e pela Universidade de Twente, na Holanda. O projeto tem como objetivo visualizar a pegada hídrica de 132 países e tornar tangível o impacto do nosso consumo de água doce.
Encarar as questões hídricas significa compreender o uso que fazemos deste precioso recurso. O projeto visa ilustrar que 86% da nossa pegada de água per capita é devido ao consumo de alimentos (produtos agrícolas). Além disso, devemos nos lembrar de que, quando consumimos e comercializamos produtos, nós estamos consumindo e comercializando a água utilizada para produzi-los (água virtual).
A cada segundo, numa escala mundial, estão ocorrendo fluxos invisíveis de água virtualmente. Quando movemos produtos de um país para outro, estamos não só movendo os produtos reais, mas praticamente toda a água que foi usada na produção destes. Para os países com escassez de água pode ser preferível importar água virtual, por meio da importação de produtos alimentares ao invés de usar os limitados recursos hídricos para produção agrícola interna.
A água virtual pode ser uma solução para a falta de simetria entre locais nos quais a água é necessária e onde existe água. Levando em conta esses fluxos de água virtual pode nos ajudar na melhor gestão da água e de nossas interdependências, considerando de forma mais eficiente nossas necessidades.
1 A FÓRMULA DA PEGADA HÍDRICA A pegada hídrica de uma nação é a soma de sua pegada interna e externa, ou seja, o volume de água utilizado para produzir, dentro e fora do país, todos os bens e serviços consumidos pelos seus habitantes. O poster transmite com uso de cartogramas a fórmula da pegada de água.
2 Recursos hídricos internos para as necessidades domésticas O mapa representa o volume médio, por habitante, da água para suprir as necessidades domésticas (ex. limpeza, cozinhar, lavar roupa) em cada país.
3 Recursos hídricos internos para produtos agrícolas O mapa representa o volume médio, por habitante, da água utilizada para a produção agrícola de consumo interno em cada país.
4 Recursos hídricos internos para produtos industrializados O mapa representa o volume médio, por habitante, da água utilizada para a produção de bens industrializados de consumo interno em cada país.
5 Recursos hídricos externos para produção agrícola O mapa representa o volume médio, por habitante, da água utilizada para a produção de bens industrializados produzidos no exterior, importados e consumidos em cada país.
6 Recursos hídricos externos para produção industrial O mapa representa o volume médio, por habitante, de água utilizada para os produtos industrializados produzidos no exterior, importados e consumidos em cada país.
Infográfico por Angela Morelli – Mestre em Design de Comunicação pela Central Sr. Martin em Londres, onde é professora-assistente de Design da Informação. Ela já colaborou com grande número de pesquisas e organizações comerciais na Europa e gentilmente cedeu seu trabalho a ((o))eco para o especial Semana da Água 2011. Angela acredita que “promover mudanças não é fácil e só será possível com uma real compreensão dos problemas, da consciência à reflexão”. Ela continua: “O design é vital e tem um papel insubstituível no esforço para alcançar este entendimento através da empatia e da inteligência emocional” |
Para conhecer melhor o trabalho da design visite www.angelamorelli.com
Leia também
Congresso aprova marco da eólica offshore com incentivo ao carvão
Câmara ressuscitou “jabutis” da privatização da Eletrobras e assegurou a contratação, até 2050, de termelétricas movidas a gás e carvão. Governo estuda veto →
Paul Watson, ativista contra a caça de baleias, deixa prisão na Groenlândia
O canadense, fundador de ONGs como Greenpeace e Sea Shepherd, estava preso há 5 meses por acusações do Japão relacionadas a embate com navio baleeiro, em 2010 →
ESEC Murici, em AL, fica mais de 2 meses sem fiscal após afastamento de chefe da unidade
Analista foi afastado da fiscalização por ação que culminou na demolição de terreiro em parque na Bahia; ele alega não ter percebido uso religioso do local e não ter tido direito à defesa →