Não, não é uma mina de unobtainium na lua de Pandora (quem viu o filme Avatar sabe do que se está falando). Esta é a mina de ferro na antiga montanha do N5, em Carajás, no Pará. O quilométrico buraco tomou o lugar onde antes havia uma montanha coberta por florestas e pela vegetação de canga, onde cresciam plantas endêmicas, que só existiam lá. O mesmo está acontecendo em outras partes do complexo da Serra dos Carajás e buracos semelhantes deverão tomar o lugar da ainda inteira Serra Sul, onde interesses minerários barraram a criação de uma reserva biológica. Dizem que isso é progresso. Veremos se, no final, ficarão apenas buracos no chão e fotos de um mundo perdido.
Saiba mais:
Siderurgia não respeitou lei
Pará sufocado: Eldorado dos Carajás
A taça do mundo é nossa
Vale condenada a criar reserva
Multa milionária por irregularidade
Leia também
Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Supremo garante a proteção de manguezais no país todo
Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono →
A Floresta vista da favela
Turismo de base comunitária nas favelas do Guararapes e Cerro-Corá, no Rio de Janeiro, mostra a relação direta dos moradores com a Floresta da Tijuca →