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Aos 90 anos, considerado um dos maiores intelectuais do planeta e pronto para inaugurar este ano as viagens espaciais a bordo da companhia Virgin Galactic, James Lovelock acaba de lançar seu mais novo livro: Gaia – Alerta final.
A mensagem principal da publicação de quase 270 páginas é que a redução da queima de combustíveis fósseis, do uso de energia e da destruição de florestas nativas não será suficiente para conter as mudanças do clima. Isso porque os problemas ambientais são ainda mais ameaçadores do que é divulgado, colocando populações inteiras em risco com o derretimento acelerado das calotas polares, escassez de água e “desastres naturais” cada vez mais comuns.
Mas, além de explicitar as ameaças, Lovelock levanta o que deveria ser feito para amenizar os problemas gerados pelo destempero do clima, como reduzir a população humana, mudar a maneira de produzir alimentos e aplicar soluções de geoengenharia para desacelerar o aquecimento do planeta. “Nosso desejo de manter as coisas como estão provavelmente nos impedirá de nos salvarmos”, alertou em nota da editora Intrínseca, que lançou a obra no Brasil.
Com formação em química, medicina e biofísica, Lovelock criou instrumentos científicos utilizados pela Nasa para a análise de atmosferas extraterrestres e de planetas, é um dos pais do “movimento verde” e foi um dos primeiros a constatar o acúmulo de CFCs e de outros gases do efeito estufa na atmosfera. Em 2004, provocou polêmica entre os ecologistas ao defender o uso da energia nuclear para conter a queima de combustíveis fósseis.
Saiba mais:
Hipótese de Gaia é falha
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O Barraco do Tio Thomas
O preço da ciência – Gilberto Câmara
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