Começou nesta segunda-feira, na cidade Tianjin, China, mais uma rodada de negociação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O encontro precede a 16o Conferência da Partes (COP 16) que ocorrerá em novembro em Cancun no México, onde será debatida a implementação do controvertido acordo de Copenhague, firmado no fim do ano passado. O documento estabelece um objetivo de se evitar um aumento na temperatura global acima dos 2oC centígrados sobre os níveis pré-industriais. Para tanto, falta ainda o estabelecimento formal das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa por cada país.
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O principal problema segue sendo a baixa ambição generalizada. De acordo com cálculos feitos pelo Greenpeace, com as atuais metas apresentadas, o mundo ainda estará produzindo, em 2020, algo entre 7% e 14% a mais da quantidade de carbono necessária para estabilizar o clima do planeta. Ou em outras palavras, a temperatura será 3oC mais alta e não 2oC como o acordado em Copenhague.
A análise das organizações ambientalistas é de que as propostas não vão melhorar se 1) os Estados Unidos não mostrarem compromisso total com a redução de emissões e 2) se não houver acordo sobre a continuidade do Protocolo de Kyoto após 2012. No primeiro caso, depende apenas do presidente Barack Obama mostrar políticas a seu alcance, visto que uma legislação nacional não foi aprovada no Senado americano.
Já questão legal – ou seja se haverá um novo protocolo ou se permanece Kyoto – não será resolvida ainda este ano. A própria secretária-executiva da Convenção do Clima, Christiana Figueires, mencionou em seu discurso de abertura nesta segunda que os governos precisam retomar a confiança entre eles para que as negociações de fato possam avançar. “Governos precisam concordam sobre o que é possível em Cancun e como isso será realizado de uma maneira politicamente balanceada”, disse. (Gustavo Faleiros)
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Conferência de imprensa com a secretária executiva da Convenção das Nações Unidas, Christiana Figueres.
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