O Programa de regularização fundiária Terra Legal, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), destinou 952 mil hectares de terras federais no estado do Amazonas ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). A iniciativa faz parte das ações do Governo Federal para reduzir o desmatamento na região.
A área a ser protegida está localizada no município Maués (AM). São 2 glebas, – Parauarí com 472 mil hectares e Urupadí com 480 mil hectares – que deverão ser destinadas ao uso sustentável e preservação ambiental. “É algo inovador receber a terra para criar unidades de conservação de uso sustentável, e não o contrário, quando se cria [a unidade de conservação] de maneira arbitrária, como aconteceu no passado, gerando passivos sociais e ambientais muito complexos e de difícil solução. Essa área é uma das mais importantes do mundo na conservação de primatas”, disse Izabella Teixeira.
A cessão foi realizada mediante assinatura de documento, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Também assinaram o ato de destinação das glebas a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, Orçamento e Gestão; Carlos Guedes, presidente do Incra; Maria Agusta Assirati, presidente da Funai; Johaness Eck, subchefe-adjunto de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil; Ivanhoé Mendes Filho, secretário de estado de Política Fundiária do Amazonas.
Leia Também
Terra Legal atinge 1,1% da meta para 2010
Grilagem no Terra Legal
MPF critica tabela de preços do Terra Legal
Leia também
Garimpo já ocupa quase 14 mil hectares em Unidades de Conservação na Amazônia
Em 60 dias, atividade devastou o equivalente a 462 campos de futebol em áreas protegidas da Amazônia, mostra monitoramento do Greenpeace Brasil →
As vitórias do azarão: reviravoltas na conservação do periquito cara-suja
O cara-suja, que um dia foi considerado um caso quase perdido, hoje inspira a corrida por um futuro mais promissor também para outras espécies ameaçadas →
Organizações lançam manifesto em defesa da Moratória da Soja
Documento, assinado por 66 organizações, alerta para a importância do acordo para enfrentamento da crise climática e de biodiversidade →