Imagens de carcaças carbonizadas de animais silvestres, as grandes vítimas dos incêndios florestais, começam a ser registradas pelos bombeiros do Mato Grosso do Sul. Desde julho, o governo do estado decretou situação de emergência devido à estiagem e risco de incêndio. É o terceiro ano consecutivo de seca e excesso de incêndios no bioma. Em 2020, 30% do bioma foi queimado.
Sensibilizados com as carcaças de animais carbonizados, bombeiros realizaram o sepultamento simbólico de um macaco encontrado agarrado à árvore, em combate ao fogo em Porto Murtinho, um dos municípios mais atingidos pelas chamas.
“Decidimos realizar o enterro do animalzinho na tentativa de demonstrar a importância da fauna e da flora e de conscientizar a população dos perigos do fogo. É preciso que as pessoas vejam a capacidade de destruição do fogo pra que se conscientizem e em hipótese alguma coloque fogo em vegetação” diz a postagem do Corpo de Bombeiros, no instagram.
Em agosto, o Mato Grosso do Sul alcançou quase o mesmo patamar de focos de incêndio registrados no ano passado. São 2406 focos ativos registrados pelo INPE, entre 01 a 23 de agosto. No mesmo período do ano passado, havia 2508 focos.
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