Na manhã de terça-feira (7), os guardas do jardim zoológico Thoiry, que fica a 60 km de Paris, na França, encontraram o corpo de Vince, um rinoceronte branco de quatro anos de idade, atingido com três balas na cabeça e com um de seus chifres cortados, provavelmente por uma motosserra. Em comunicado em sua página do Facebook, o zoológico deplorou o episódio, mas informou que seus outros dois rinocerontes, Grace, de 37 anos, e Bruce, de 5 anos, escaparam sem ferimentos do ataque.
Na noite anterior, os criminosos forçaram as grades e quebraram a fechadura do pátio onde estavam os rinocerontes. Apesar de cinco membros da equipe do zoológico estarem no local e da presença de câmeras de vigilância, ninguém viu nada e não se sabe quantos criminosos eram.
O motivo para tal ato chocante é o comércio ilegal de chifres de rinocerontes brancos, que colocaram esses animais a beira da extinção. Os animais são mortos e têm seus chifres arrancados para abastecer o mercado negro asiático devido à crença de que são milagrosos e curam todo tipo de doença. A China e o Vietnã são os maiores compradores
Os principais lugares para onde os chifres são contrabandeados são China e Vietnã. Nesses países, os chifres são usados em esculturas valiosas e aplicados na “medicina tradicional”. A crença é que o pó do chifre de rinoceronte é milagroso e cura todo tipo de doença.
Segundo informações do zoológico de Thoiry, em 2015, no mercado ilegal, 1 kg de chifre de rinoceronte era vendido 51 mil euros, o que hoje corresponde a um pouco mais de R$ 171 mil reais.
No ano passado, a França proibiu a venda de chifres de rinoceronte e marfim de elefante dentro de suas fronteiras. Na China e no Vietnã também há a proibição do comércio de chifres de rinoceronte, mas os ambientalistas gostariam de ver uma imposição mais forte, principalmente no Vietnã.
Em relação ao assassinato do rinoceronte Vince, a investigação está em andamento.
*Matéria editada em 15/3, às 19h40, para corrigir título e a informação de que os outros dois rinocerontes do zoo de Thoiry
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Desesquerdizando o título da matéria, este deveria ser: "Criminosos matam rinoceronte para roubar os cornos". É de fato um crime bárbaro, mas atribuir o delito a caçadores é uma desonestidade.
O título da matéria é falso, mentiroso, indecoroso, imoral, preconceituoso, beirando o ridículo.
Revela profunda e espessa ignorância ou má fé ideológica retrógrada, triste e lamentável em todos os sentidos. Que desaponto com O ECO.
NÃO SÃO CAÇADORES que atiraram nos rinocerontes. São criminosos.
Ainda está em tempo de se mudar o título da matéria.
Você tem razão, Carlos. O título foi infeliz. Caçar no dicionário significa perseguir animais silvestres para aprisionar ou matar. Isso pode ser feito de forma legal ou ilegal, mas não num zoológico. Eu vou alterar o título.
Eduardo (editor)
Muito obrigado, Eduardo.
Saudações.
Estupidez humana.