Salada Verde

Dois guardas-parques são mortos em área protegida na Libéria

Sabrina Rodrigues ·
8 de maio de 2017 · 8 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
O Parque Nacional de Sapo abriga a maior população de hipopótamo-pigmeu da Libéria. Foto: Wikipedia.
O Parque Nacional de Sapo abriga a maior população de hipopótamo-pigmeu da Libéria. Foto: Wikipedia.

Dois guardas-parques foram mortos na Libéria, na África Ocidental, há 11 dias, após os trabalhadores sofrerem uma emboscada no Parque Nacional de Sapo, a maior área florestal protegida do país, que ocupa 1,6% da área total do país. Segundo reportagem do jornal The Guardian, os assassinatos ocorreram em retaliação à prisão de 20 pessoas acusadas de caça ilegal dentro do parque. Na ocasião, foi descoberta uma base montada na floresta pelos caçadores ilegais dentro do parque.

Os guardas-parques foram espancados até a morte. Um morreu no local e o outro chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. Outros quatro guardas-parques que também estavam presentes no momento da emboscada chegaram a ser hospitalizados devido aos ferimentos.

Uma delegação da Autoridade de Desenvolvimento Florestal (Forest Development Authority, em inglês), órgão do governo responsável pela preservação de florestas,  foi enviada para o local para investigar a situação.

O Parque Nacional de Sapo está localizado no condado de Sinoe, na Libéria. Ele é a maior área florestal protegida do país, abrigando uma variedade de espécies ameaçadas de extinção, entre elas, elefantes, pangolins, hipopótamos-pigmeus e chimpanzés ocidentais. A unidade sofre com a caça ilegal e invasão.

Matança de guardas-parques

Os últimos acontecimentos reforçam o alerta da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) para o crescente número de guardas-parques mortos em todo o mundo. Segundo a entidade, só no ano passado foram mortos 107 guardas-parques no exercício de sua profissão, 42% dessas perdas foram causadas por caçadores ilegais. Dessas mortes, 58% ocorreram na Ásia e 31% na África.

 

 

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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Comentários 1

  1. paulo diz:

    E agora governos. Precisam marcar marcar presença/atitudes contra estes criminosos.