Uma área florestal quase do tamanho da cidade do Rio de Janeiro foi desmatada apenas no mês de maio de 2021. O SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) detectou 1.125 km² de desmatamento na Amazônia Legal, que corresponde a um aumento de 70% em relação a maio de 2020, quando bateu 660 km². É o pior excedente histórico para o mês na última década.
Os dados são preocupantes, segundo o pesquisador do Imazon, Antonio Fonseca, porque “estamos entrando na estação seca, que na maior parte da Amazônia Legal ocorre entre junho e setembro, quando historicamente são registrados os picos de desmatamento do ano”. Esta é a terceira vez consecutiva que a destruição no bioma bate o recorde em uma década: março e abril também registraram os piores índices desde 2012.
O estado que mais sofreu foi o Pará, com 424 km² de floresta derrubada (37%) seguido pelo Amazonas, com 264 km² (23%) e, em terceiro, Mato Grosso, com 220 km² (20%). A maioria (66%) ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (17%), Unidades de Conservação (15%) e Terras Indígenas (2%). O município de Altamira, localizado no Pará, teve 107 km² do seu território desmatado, possuindo estado crítico.
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Falar que o licenciamento com a nova lei seria exceção é no mínimo exagerar. Mas se for pra falar no termo do momento, é fake news. Mas é uma fake news do bem, já que jornalista do meio ambiente tem salvo conduto, tá do lado certo da luta e da história.