Servidores do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) flagraram uma ação de desmatamento ilegal de árvores ameaçadas de extinção no Parque Estadual do Palmito, no município de Paranaguá, litoral do Paraná. A ação ocorreu na última quarta-feira (06), durante um monitoramento de rotina.
O local onde ocorria o desmatamento é conhecido como Jacarandá, próximo ao Porto Seguro, que foi integrado este ano ao Parque Estadual. Os servidores do IAP encontraram 48 tábuas no local, algumas pertencentes às espécies de árvores em extinção como Guanandi e Massaranduba.
As árvores cortadas foram apreendidas, recolhidas e deverão ser destinadas para doação ou serão aproveitadas dentro da própria unidade de conservação.
Os infratores conseguiram fugir e o Instituto atua na identificação e punição dos responsáveis.
O Parque Estadual do Palmito foi criado em 17 de junho de 1998. Em junho deste ano, a unidade de conservação foi ampliada em 1,26 mil hectares e passou a ter uma área total de 1,78 mil hectares.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Ambiental do Paraná
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Recentemente ampliado, o Parque Estadual do Palmito sofre as agruras de um processo planejado, pela atual gestão estadual, de desmantelamento dos órgãos ambientais. A facilitação a processos de ilícitos decorre justamente da falta de capital humano, combinada com a lascividade com a qual o atual governador trata, ao longo de exatos sete anos, o tema da conservação da natureza. A notícia positiva da ampliação dessa UC contrasta com a condição de falência dos órgãos ambientais, com o impedimento político do Batalhão de Polícia Florestal em emitir autos de infração. Foram inúmeros os discursos de palanque de que "não é necessário fiscalizar" capitaneados pelo Sr. beto Richa e pelo Presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. E, finalmente, em desrespeito completo aos profissionais dessas autarquias, nenhuma contratação é realizada ao longo de 27 anos. Se alguma energia é dispensada hoje na região costeira do Paraná, esta está do lado dos grandes empreendimentos portuários e do pré-sal. Justamente os órgãos ambientais do estado, lutando, de maneira hercúlea, para aprovar as grandes obras que trarão impactos ambientais sem precedentes para nosso litoral. E que apenas vem sendo contestados, nos dias de hoje, pelo Ministério Público. Que pena que a notícia da constatação de uma retirada ilegal de árvores numa UC não representa, enfim, o maior dos problemas.
Vergonha desse Brasil.