A Justiça da Costa Rica pode condenar a 12 anos de prisão um guarda-parque do Parque Nacional Corcovado que matou um caçador durante exercício da profissão. Uma quadrilha tentava recolher ovos de tartaruga no parque quando foi surpreendida pelos guarda-parques, que patrulhavam a praia.
Era época de nidificação de tartarugas. O caso ocorreu na noite de 22 de setembro de 2009. Na ocasião, Mauricio Steller matou com um tiro um homem que o ameaçava com um facão. O resto da quadrilha fugiu.
O julgamento está marcado para o próximo dia 4 de setembro e Steller, pai de 5 filhos, pode ficar mais de uma década na cadeia. Enquanto isso, ambientalistas se mobilizam para que a Justiça absolva o guarda-parque.
“É hora de se unir e pedir que se libere Maurício da condenação e que o governo se comprometa a proteger quem defende os recursos naturais de Costa Rica. Ou vamos permitir que se destrua o patrimônio de nossos filhos?”, diz o texto da petição que está recolhendo assinaturas contra a possível condenação do guarda-parque.
Leia Também
Os valorosos guarda-parques da América Latina
Guarda-parque: uma vocação exercida ao redor do mundo
Homem armado ameaça guarda-parques do INEA, em Cabo Frio
Os verdadeiros guardiões das florestas
Leia também
Os verdadeiros guardiões das florestas
Não há como se falar seriamente na gestão e proteção de parques e outras áreas protegidas sem contar com guarda-parques profissionais →
Homem armado ameaça guarda-parques do INEA, em Cabo Frio
Agentes faziam operação de combate a estacionamento irregular sobre vegetação de restinga dentro do Parque Estadual da Costa do Sol. →
Guarda-parque: uma vocação exercida ao redor do mundo
Sob risco e condições duras, eles trabalham nos parques e áreas protegidas para desenvolvê-las, garantir sua integridade e lidar com o público →
"Justiça" demagógica latino-americana. Por isso a megafauna é escassa nos neotrópicos, mesmo nas áreas ditas "protegidas". Na África é comum guarda-parques matarem caçadores no exercício da profissão, quase sempre tratado como auto-defesa – do contrário, já não teríamos rinocerontes ou elefantes.