Desde segunda-feira (17), cerca de mil famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam uma fazenda em Londrina, localizada no distrito de Paiquerê. A propriedade é utilizada como centro de pesquisa e no seu interior está situada a Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Mata do Barão, que protege grandes remanescentes florestais nativos da Mata Atlântica.
A Fazenda Figueira pertence à Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), que administra tanto a área de pasto — usado em pesquisas para as universidades como a de São Paulo (USP), a Estadual de Londrina (UEL) e a Estadual de Maringá (UEM) –, quando a reserva privada. A RPPN é cercada para que o gado não invada a área protegida.
A reserva possui aproximadamente 1100 hectares – área que abriga cerca de 220 espécies de aves, 70 de árvores e 50 de mamíferos voadores e terrestres.
Não se sabe se a área específica da RPPN foi afetada pela ocupação do MST ou apenas a fazenda. De acordo com o G1, cerca de 14 famílias de colaboradores e funcionários vivem dentro da fazenda. Ainda segundo o portal, José Renato Silva Gonçalves, o engenheiro responsável pela fazenda, teme que as famílias moradoras possam entrar em conflito com as famílias que estão acampadas no local.
O acampamento já dura três dias, mas ainda não se sabe os motivos para a ocupação ou como está a situação no local. A reportagem de ((o))eco tentou entrar em contato por telefone com as lideranças do MST e com os representantes da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, proprietários da fazenda, mas não obteve respostas.
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Daniele Bragança
Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental. →
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