
Em 2016, o desmatamento aumentou 29%, ou seja, uma perda de 7.989 km². Para se ter uma ideia do dano, essa área corresponde a cinco vezes a área da cidade de São Paulo. Os ambientalistas culpam as mudanças do Código Florestal em 2012, que anistiou quem desmatou até 2008, passando uma mensagem de que desmatar compensa e, estimulando, assim, novas derrubadas de floresta. Além da anistia, outros fatores contribuíram para o crescimento do desflorestamento como o chamado desmatamento especulativo, onde grandes áreas de floresta são destruídas com a função de sinalizar uma ocupação, com o intuito de uma possível vantagem futura com o terreno. As unidades de conservação e a demarcação de terras indígenas também não ficaram de fora. “A criação de novas unidades de conservação estagnou. E chama a atenção ver como o desmatamento avançou até nessas áreas”, afirmou António Fonseca, um dos responsáveis pelo boletim de desmatamento do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). O desmatamento afeta os acordos de redução de emissão de gases estufa do Brasil. O governo, por sua vez, afirma que os motivos para o aumento do desmatamento são outros, como a instabilidade política e a crise econômica.
Fonte original: Folha de S. Paulo
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