Propostas para criar e aprimorar políticas públicas federais podem ser enviadas ao governo até meados deste julho. Uma das mais de 6 mil ideias já apresentadas pede uma Política Nacional para os Ecossistemas de Montanha.
A sugestão de Luiz Felipe César, diretor-executivo da ong Crescente Fértil, quer garantir a proteção da “biodiversidade e sustentabilidade socioambiental” para essas formações.
Segundo ele, as montanhas alimentam bacias hidrográficas, proveem serviços ecossistêmicos de regulação hídrica e climática, e, pela variação de altitude, têm elevado grau de diversidade biológica e paisagística.
“No entanto, são ambientes altamente vulneráveis aos impactos dos extremos climáticos e sofrem destruição com exploração mineral e ocupação desordenada”, destaca Felipe César.
No Brasil, 16% do território estão em regiões com ao menos 600 metros de altitude, ou cerca de 1,4 milhão de km2. A área é maior que a do estado do Pará ou que a do vizinho Peru.
Nossos pontos mais altos são o Pico da Neblina (2.995 m) e o Pico 31 de Março (2.974 m), ambos na Serra do Imeri, no estado do Amazonas. A região é junto à fronteira com a Venezuela.
As Nações Unidas indicam que as montanhas cobrem 1/4 do território do planeta, abrigam a maior parte dos centros de biodiversidade e fornecem água doce a aproximadamente metade da humanidade.
Todavia, a crise global do clima está aumentando as temperaturas médias e forçando vida selvagem e variadas culturas humanas adaptadas à vida nas montanhas a se adaptar ou migrar.
Leia também
Um refúgio de árvores ameaçadas nas montanhas de São Paulo
Levantamento no Parque Estadual Nascentes do Paranapanema identificou 21 espécies de árvores ameaçadas, inclusive uma espécie já classificada como extinta no estado →
Para as montanhas brasileiras
Entidades podem enviar sugestões para montagem de programa nacional de conservação de montanhas. Seminário debaterá assunto em dezembro, no Rio. →
Unidos pelo bem das montanhas
Criada há poucos dias, associação mundial quer equilibrar conhecimento científico, conservação ambiental e ganhos econômicos para reduzir degradação em cadeias montanhosas. →