
Três lobos marinhos (Arctocephalus australis) foram encontrados no começo de setembro magros, fracos, debilitados e sem lesões externas nas praias monitoradas pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA) através do projeto Pinípedes do Sul. Encaminhadas para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM/FURG), os animais foram reabilitados e soltos na tarde desta terça-feira (24) no Balneário Cassino, no Rio Grande do Sul.
O lobo-marinho-de-sul é a segunda espécie de pinípede mais abundante no litoral gaúcho – grupo de mamíferos marinhos que inclui as focas, leões e lobos-marinhos –, podendo ser avistada frequentemente nas praias da região sul. Sua distribuição geográfica no continente sul-americano vai desde o Rio de Janeiro, no Oceano Atlântico, até a Península de Paracas (Peru), no Oceano Pacífico, contando também com registros nas Ilhas Malvinas. A população mundial da espécie é estimada entre 350 mil e 400 mil animais.

As espécies devolvidas hoje ao habitat natural são fêmeas e foram encontradas no Balneário Cassino e na Praia do Mar Grosso, em São José do Norte, no começo de setembro.
“É importante informar para população que nesta época do ano (inverno/primavera) é comum que estes lobos e leões marinhos (pinípedes) venham a utilizar o litoral do Rio Grande do Sul como ponto de descanso após suas jornadas naturais. Sempre que um indivíduo é registrado na área de abrangência do Projeto, a equipe técnica se desloca até o local para realizar um primeiro diagnóstico e observar se este animal está apenas utilizando a praia como ponto de descanso ou se o mesmo encontra-se debilitado. Caso haja necessidade, estes indivíduos são encaminhados para o CRAM/FURG para tratamento adequado realizado pelos veterinários da instituição”, explica Leonardo Martí, coordenador científico do Projeto.
Veja as fotos da soltura:


Leia também

Perda global de florestas atinge recorde em 2024, mostra estudo da WR
Incêndios catastróficos impulsionam o fenômeno. Total perdido atinge 6,7 milhões de hectares, quase o dobro de 2023 e uma área próxima ao território do Panamá →

Ribeirinhos e MPF querem cancelar licença para remover rochas em rio da Amazônia
Ibama autorizou implosão do Pedral do Lourenço, no Pará, obra que viabiliza a hidrovia Tocantins-Araguaia, nesta segunda-feira (26) →

Podcast investiga o que restou de Porto Alegre um ano após a enchente de 2024
Com cinco episódios, a série documental traz reflexões sobre colapso, memória e reconstrução a partir da tragédia no Rio Grande do Sul →