O partido Rede Sustentabilidade vai apresentar no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para obrigar o governo a recompor o orçamento do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e garantir, assim, o programa de monitoramento do desmatamento no Cerrado.
O programa vai ser descontinuado em abril, após a direção do INPE não conseguir recomposição do orçamento junto ao Governo. Por ano, o monitoramento do bioma custa em torno de R$ 2,5 milhões. A equipe do programa já foi desmobilizada.
Desde junho de 2021 já se sabe da fragilidade do destino do Programa de Monitoramento do Cerrado, ameaçado por falta de verbas.
“Não vamos permitir um apagão de dados!”, anunciou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na rede social Twitter.
Metade do Cerrado já foi destruído para dar lugar à agropecuária. Só em 2021, o bioma perdeu 8.531 km², uma alta de 8% em relação ao período anterior.
Leia também
Falta de verba força INPE a parar o monitoramento do Cerrado a partir de abril
Tentativas de recomposição do orçamento junto ao Governo não tiveram sucesso. Programa custa R$ 2,5 milhões ao ano, mesmo valor que Bolsonaro gastou em 18 dias de férias em 2021 →
Monitoramento do desmatamento no Cerrado pode parar em agosto por falta de verba
Mapeamento anual também deve ser descontinuado a partir de dezembro. Governo ainda não apresentou alternativa para fim dos programas Deter e Prodes-Cerrado →
Nova meta de redução de emissões brasileira não tem alinhamento com o 1.5°C
Governo brasileiro anunciou sua nova NDC na noite desta sexta-feira, véspera da Conferência do Clima da ONU. Sociedade civil pedia meta mais ambiciosa →