Pesquisadores do Brasil, Reino Unido e equipes do Projeto Tamar procuram respostas mais detalhadas sobre o comportamento da tartaruga-de-couro ou gigante (Dermochelys coriacea), e para isso resolveram monitorar quatro indivíduos da espécie, através da instalação de transmissores de sinais por satélites nos animais, que habitam em praias e áreas de conservação do Espírito Santo.
Com a telemetria por satélite, os estudiosos pretendem obter informações como: a rota percorrida, lugares onde as tartarugas costumam ficar mais tempo, profundidades, tempo de mergulhos, temperatura da água, área de alimentação, entre outros dados.
“As informações também contribuem para a determinação de áreas prioritárias para a criação ou ampliação de unidades de conservação, um dos objetivos do Projeto GEF-Mar, assim como nos permitirá direcionar os esforços de conservação, afirma o coordenador do Centro Tamar/ICMBio, Joca Thomé.
“Das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, a tartaruga-de-couro é a mais ameaçada, seja pelo pequeno número de indivíduos por ano, seja pela distribuição restrita ao ES, população geneticamente distinta de todas as demais do oceano Atlântico. A compreensão do uso do ambiente marinho pelas tartarugas é apontada como linha de pesquisa prioritária no Plano de Ação Nacional para Conservação (PAN) das Tartarugas Marinhas”, destaca Cecília Baptistotte, analista ambiental e médica veterinária do Centro Tamar/ICMBio.
A tartaruga-de-couro ou gigante (Dermochelys coriacea) chama a atenção pelo seu tamanho e peso. Considerada a maior de todas as tartarugas marinhas, com tamanho médio em torno de 2 m de comprimento e 700 kg de peso, seu casco tem aparência e textura semelhantes ao couro, em vez da dura carapaça óssea das demais tartarugas. A Dermochelys coriacea consta na lista vermelha da IUCN como vulnerável. A única área regular de desova conhecida no Brasil situa-se no litoral norte do Espírito Santo.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio.
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