Notícias
4 de outubro de 2004

Maquiavéis doces

O Guardian (gratuito) teve acesso a um documento da Organização Mundial de Pesquisa sobre o Açúcar, que tem sede em Londres e é financiada por produtores de açúcar do mundo todo. Trata-se de um plano maquiavélico, pelo qual eles pretendem fazer uma imensa contribuição em dinheiro para a Organização Mundial de Saúde para ganhar desta o selo de organização não-governamental. Nessa condição, conseguiriam ter acesso aos fóruns de discussão internos da OMS, coisa fundamental para tentar influenciar eventuais decisões do organismo. No fundo, a turma do açúcar só quer participar de um debate. Mais precisamente, sobre a campanha mundial que a OMS pretende lançar em breve contra a obesidade. O açúcar será obviamente um alvo prioritário. Seus produtores gostariam de estar presentes para ver se conseguem ao menos tirá-lo da reta. Informada pelo jornal, a OMS se disse chocada com o plano.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004
Notícias
4 de outubro de 2004

Vai explodir

Cientistas americanos que andam medindo os recentes tremores de terra perto do vulcão do monte ST. Helens, no estado de Washington, prevêem que ele está muito próximo a ter uma erupção de proporções catastróficas. Sua última grande erupção, relembra o The Washington Post (gratuito, pede cadastro), aconteceu em 1980 e foi tão forte que reduziu a cascalhos o topo da montanha.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004
Notícias
4 de outubro de 2004

Turismo de sádicos

Cansado de visitar Nova Iorque nas férias? Chateado por ser obrigado a repetir a viagem à Disneyworld com as crianças? Atrás de novas emoções durante seu período mais longo de descanso? Seus problemas acabaram. A Noruega acaba de autorizar operadoras de turismo do país para venderem pacotes a turistas para viajarem até o norte do país para matarem bebês de foca. Pode ser a tiros ou a pauladas. O visitante escolhe. Não é cascata. Algumas operadoras oferecem abertamente a viagem em seus websites. Segundo o Guardian (gratuito), a autorização do governo faz parte de um plano mais amplo para reduzir o estoque de focas no país, acusadas pelos pescadores locais, coitadas, de serem responsáveis pela redução da presença de cardumes de peixes nas águas onde pescam. Claro, a idéia gerou revolta mundial. Tem organização ambientalista propondo pacote turístico cujo ponto alto é matar um norueguês. A tiros ou a pauladas. O turista escolhe.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004
Notícias
4 de outubro de 2004

Nem os esquilos escapam

Falando em matança de animais no mínimo simpáticos, o The New York Times (gratuito, pede cadastro), foi até o interior da Louisiana, terra dos descendentes do cajuns, como ficaram conhecidos os colonizadores originais dessa região, todos franceses, testemunhar o início de um ritual antiquíssimo: a caçada de esquilos. É uma tradição que político nenhum conseguiu impedir. O animal é considerado uma iguaria na culinária cajun, especialmente o seu cérebro. A coisa é tão importante nessa região que as autoridades decretam em homenagem a ela um feriado mais longo que o do natal.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004
Notícias
4 de outubro de 2004

Liberou geral

A prefeitura de São Paulo dispensou a apresentação de exames médicos – atestando que seus portadores não têm doenças de pele transmissíveis – para entrada nas piscinas públicas da cidade. A secretaria municipal de Saúde justificou a medida, tomada em 31 de agosto, dizendo que não há qualquer perigo de transmissão de moléstias de pele se a água estiver tratada com cloro. Segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), a questão é polêmica. Há muito médico que não concorda com ela.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004
Colunas
2 de outubro de 2004

Reparação Total

Fraudar relatórios de impacto ambiental, como fizeram os construtores da represa de Barra Grande, só funciona se ninguém se acostumou a calcular a diferença.

Por Eduardo Pegurier
2 de outubro de 2004
Reportagens
2 de outubro de 2004

O bonde passou

Brasil vai à reunião para implementar Acordo Internacional de Preservação de Albatrozes e Petréis como observador, porque o Congresso ainda não o ratificou.

Por Manoel Francisco Brito
2 de outubro de 2004
Colunas
2 de outubro de 2004

Fogo sagrado, até quando?

Pôr fogo no mato é um hábito tão generalizado e tão pouco punido no Brasil que sua única função talvez seja manter viva uma tradição do tempo das cavernas.

Por Marc Dourojeanni
2 de outubro de 2004