O Cerrado perdeu para o desmatamento uma área de 295,9 km² em janeiro de 2024, uma redução de 33% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram desmatados 440,5 km². Os números, do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), foram atualizados nesta sexta-feira (9).
A área perdida no período é um pouco menor do que a capital do Ceará, Fortaleza. Este é o terceiro menor valor da série histórica do INPE, só perdendo para janeiro de 2020, quando foram desmatados 195 km², e 2021, quando o bioma perdeu 138 km² no período. A série histórica do INPE para o Cerrado teve início em 2019.
Entre os estados, o Tocantins foi o que mais desmatou, com 118 km² perdidos, seguido pelo Maranhão (55,9 km²), Piauí (42,8 km²) e Bahia (31,5 km²). Eles compõem a região conhecida como Matopiba – um acrônimo com as siglas dos estados -, onde a expansão do agronegócio exerce maior pressão.
Ao contrário da Amazônia, onde o desmatamento acontece majoritariamente de maneira ilegal, no Cerrado o principal problema é a falta de controle sobre as autorizações de supressão feitas pelos estados e municípios, cujas bases não são integradas. Outro problema é a falta de proteção legal sobre os remanescentes.
Para diminuir a pressão sobre o bioma, o Ministério do Meio Ambiente mantém em curso a 4ª etapa do plano de combate ao desmatamento do Cerrado (PPCDam Cerrado).
Atualmente, a Reserva Legal para o Cerrado que se encontra fora dos limites da Amazônia Legal é de apenas 20%.
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