A reunião pública da Comissão Interamericana de Direitos Humanos desta segunda (2), em Washington (Estados Unidos), discutirá os impactos ambientais e sociais de grandes barragens na América Latina. Os casos brasileiros das usinas de Belo Monte (PA) e do Rio Madeira (RO) serão denunciados. O encontro foi solicitado por mais de 40 organizações nacionais e internacionais. Elas esperam que a comissão investigue os casos e faça recomendações ao Brasil que reduzam os estragos projetados pelos empreendimentos.
Conforme as entidades, os principais impactos desse modelo de geração de energia são destruição de ecossistemas, redução da biodiversidade (incluindo de peixes migratórios), poluição da água, emissões de gases-estufa – frutos da falta de estudos de impacto ambiental integrais, ignorância das normas internacionais e pela falta de análise de outras alternativas viáveis. Populações afetadas relatam falta de consentimento prévio e pressões de toda natureza quando são contrários aos projetos.
“Mais de um milhão de pessoas já foram afetadas por grandes barragens na América Latina, muitas delas indígenas e camponeses. Há mais de três centenas de grandes barragens propostas na região, que poderiam afetar negativamente a vida de centenas de milhares de pessoas e destruir ecossistemas estratégicos por não cumprirem as normas internacionais e as recomendações da Comissão Mundial de Barragens e normas de direitos humanos”, disse em nota diz Rafael González, vice-presidente da Associação Interamericana para a Defesa do Ambiente.
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