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Baleias permanecem protegidas

Colunista de ((o))eco presente em reunião da Comissão Internacional da Baleia relata fracasso de proposta japonesa de derrubar a proibição à caça

Redação ((o))eco ·
23 de junho de 2010 · 14 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

O colunista de ((o))eco José Truda Palazzo enviou nesta manhã um relato direto de Agadir, Marrocos, onde ele acompanha a reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB), iniciada na última segunda-feira. O ponto-chave da discussão é uma possível suspensão da moratória da caça a algumas espécies dos cetáceos. Mas segundo Truda, a proposta não deve vingar. Leia. 

“Todos os que se importam com a conservação das baleias podem respirar aliviados com a admissão, esta manhã, pelo Presidente da CIB, que o ‘pacotão’ proposto para legitimar a caça japonesa na Antártida e ainda aprovar quotas costeiras naquele país, a Islândia e na Noruega, não foi adiante. A proposta era realmente muito ruim, e permitiria a continuidade da matança de baleias às centenas no Santuário Antártico por pelo menos dez anos, além de não prever nenhuma medida efetiva de sanção para o caso de descumprimento do ‘acordão’. Como ficou, as capturas ‘científicas’ japonesas e as matanças costeiras de Islândia e Noruega continuarão, é verdade, mas também continuam sendo irregulares e não apoiadas pela maioria dos membros da CIB. Isso impede por exemplo que se reabra o comércio internacional de produtos de baleias, e também, ao não se legitimar e aprovar uma quota de dez anos para o Japão, impede que eles construam novos barcos para sua frota baleeira, que já está pra lá de velhusca.

Isso e mais a pressão australiana na Corte Internacional de Justiça me deixam otimista de que a caça antártica japonesa não dura mais cinco anos. Os países latinos estão tendo um papel importante em segurar a onda contra a legitimação da caça na Antártida. O Grupo Buenos Aires está pegando pesado nas declarações aqui na Plenária e, felizmente, o Brasil segue na mesma linha (possivelmente o único tratado ambiental internacional em que esse des-governo não nos faz passar vexame, mas também deve ser graças, imodestamente, à vigilância das ONGs)”. Abrz., JTruda.

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