Visualizar Localização dos focos de incêndio em um mapa maior |
Um incêndio de grandes proporções se alastra pelo interior do Parque Nacional do Pantanal e entorno, ameaçando também a Reserva Natural do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê, administrada pela Fundação Ecotrópica. A hipótese mais provável é que ele tenha sido provocado por raios, já que tem chovido bastante na região. De acordo com o chefe do parque, José Augusto Ferraz, lamentavelmente ainda não choveu na área da queimada, apesar da precipitação torrencial nos arredores.
Regiões úmidas e alagadiças são geralmente áreas de combate muito difícil por causa das restrições de deslocamento dos brigadistas. Por isso, quem lida com fogo todo ano no Pantanal insiste que são tão importantes trabalhos de desobstrução de corixos e pequenos rios preventivamente para que seja garantida passagem das equipes por barco até o local do incêndio, sem falar na necessidade de se discutir de modo mais pragmático o manejo de fogo dentro das unidades de conservação. No caso do Parque Nacional do Pantanal, o acúmulo de biomassa a cada cinco anos, em média, torna um incêndio nesta região praticamente impossível de ser extinto sem ajuda de São Pedro. “Em tempos anteriores só conseguimos sucesso no combate nesta região, mesmo com apoio de helicópteros de resgate da Marinha depois que choveu”, diz Ferraz. “Não temos condições de combate na área porque a Baía (que fica dentro do parque) está muito seca e não anda barco para a fronteira norte”, explica o chefe da unidade. As equipes locais já pediram auxílio para a Coordenração de Proteção Ambiental, em Brasília.
Na sexta-feira, 3 de dezembro, a equipe do Instituto Chico Mendes fez um sobrevôo na região (veja fotos abaixo) para avaliar a extensão do incêndio. De acordo com as primeiras informações cerca de 3 mil hectares foram queimados. (Andreia Fanzeres)
FOTOS (crédito: Parque Nacional do Pantanal/ICMBio)
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