Fotografia

Marcos Bonisson e as águas diamantinas

As fotos de Marcos Bonisson transformam os rios, lagos e cachoeiras da Chapada Diamantina em quadros abstratos, com cores e formas quase inverossímeis.

Alexandre Sant´Anna ·
6 de janeiro de 2005 · 20 anos atrás

Em 1999, o fotógrafo Marcos Bonisson viajou para a Chapada Diamantina, no interior da Bahia, em companhia da amiga Keltun Carneiro, cineasta marroquina. Durante uma semana, foram conduzidos por um guia na exploração dos 152 mil hectares do Parque Nacional, e suas montanhas, planícies, grutas, rios, lagos e cachoeiras.

“Lembro-me especialmente dos mergulhos em lagoas, cachoeiras e piscinas naturais ao longo das trilhas, e também da incrível coloração das diferentes águas que sulcam o chão desse sertão brasileiro, outrora repleto de pedras preciosas”, conta o artista visual carioca. Pela lente de Bonisson, as águas da Chapada transformam-se em pinturas abstratas, graças às combinações de formas e cores quase inverossímeis que se estabelecem nos caminhos dos rios por entre as rochas.

Marcos Bonisson começou a carreira em 1979, no projeto de intervenções urbanas Program in Progress, organizado por Hélio Oiticica. Desde então se dedica, além da fotografia, a trabalhos em vídeo e cinema. Foi diretor de Fotografia do filme Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla, e participou dos projetos em vídeo Desígnio, sobre o artista plástico Artur Barrio, e Fernanda Gomes, sobre o trabalho da artista plástica. Atualmente está produzindo o vídeo Mi Casa Su Casa, em parceria com o artista Cabelo. Marcos Bonisson tem seu trabalho representado pela Galeria Artur Fidalgo, no Rio de Janeiro.

Leia também

Análises
19 de julho de 2024

Transespinhaço: a trilha que está nascendo na única cordilheira do Brasil

Durante 50 dias e 740 quilômetros a pé, testei os caminhos da Transespinhaço em Minas Gerais, de olho nos desafios e oportunidades para esta jovem trilha de longo curso

Notícias
19 de julho de 2024

Indústria da carne age para distrair, atrasar e inviabilizar ação climática, diz relatório

Trabalho de organização europeia analisou 22 das maiores empresas de carne e laticínios em quatro continentes

Salada Verde
19 de julho de 2024

Amazônia é mais destruída pelo consumo nacional do que pelas exportações

Consumo e economias das grandes cidades do centro-sul são o principal acelerador do desmatamento da floresta equatorial

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.