A estrada que liga Juína à Aripuanã, no Noroeste do Mato Grosso, é um passeio de cerca de seis horas pelo desmatamento da Amazônia. A paisagem – grandes extensões de terra pelada com pasto alto e muito seco, troncos, sobretudo castanheiras, chamuscados pelo fogo e algumas manchas de floresta ao longe – é monótona e assustadora. E ela está com toda a pinta de que vai, breve, entrar em chamas. Em parte por conta de secura que assola a região, mas sobretudo pela mão do homem. Ao longo da estrada, os fazendeiros estão empilhando os troncos derrubados, claro sinal de que aí vem fogo. O curioso é que apesar da extensão das derrubadas, quase não se vê boi em cima do terreno. Ao que tudo indica, os desmatamentos na região não respondem à necessidade de expandir a atividade pecuária, mas apenas garantir que, no futuro, haverá espaço para mais gado. A imagem, feita na segunda feira, dia 15 de setembro, é de Manoel Francisco Brito e foi clicada com uma Canon 40D em ISO 200, equipada com lente Sigma 17mm-35mm.
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