Hoje acordei pensando num compromisso que sempre norteou meus passos: se tenho o privilégio de vivenciar e conhecer tantos lugares maravilhosos, tenho a obrigação de compartilhar. Este pensamento começou a me acompanhar nas caminhadas de mochileiro pelas praias brasileiras – na época a fotografia era secundária e os poemas preenchiam as pequenas cadernetas e os guardanapos de boteco. Este compromisso me protegeu nos momentos angustiados do outro lado do mundo, sob as bizarras (para nós) culturas que definem os povos. E agora, como fotógrafo, este mesmo pensamento justifica o compromisso de compartilhar um mundo que, no final das contas, segue seu ritmo reagindo às nossas ações. Um mundo (ainda) fantástico, com lugares improváveis de tão belos, pessoas desenhadas a nanquim, paisagens pintadas em aquarelas… Então resolvi compartilhar algumas vivências expressas nestas imagens. Algo como um diário lembrete para nos afastarmos da desesperança e seguirmos otimistas.
E para finalizar, ou melhor, recomeçar, um curto poema escrito em 1991 na última página do meu livro Verde Magia: Não haverá o tempo, enquanto houver a mudança de nós mesmos. Não haverá o fim, enquanto houver um outro começo.
Leia também
Projeto de US$5,5 milhões irá promover a criação de corredores na Caatinga
O recurso irá financiar o novo projeto Conecta Caatinga, anunciado em dezembro pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), em prol da conservação do único bioma 100% brasileiro →
Esportes na água têm uma importante responsabilidade em mãos
Eles incentivam a proteção do oceano a partir do contato, mas podem ser pouco acessíveis e evidenciar desigualdades sociais →
Anfíbios da Amazônia e da Mata Atlântica serão os mais prejudicados por combinação de seca e aquecimento
Estudo aponta que até 36% dos hábitats de sapos, rãs e pererecas do mundo podem estar ameaçados pela junção de temperaturas mais altas com redução da disponibilidade de água →