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Para florestas, nem tudo está perdido

Apesar do fiasco da negociação climática em Copenhague, ainda há razões para esperança num acordo envolvendo florestas após 2012.

Redação ((o))eco ·
21 de dezembro de 2009 · 14 anos atrás

Ainda vivendo a ressaca de Copenhague, e tentando entender como foi possível retroceder em diversos pontos que estavam em avançado estágio de negociação na discussão sobre redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD), a organização Global Cannopy Programme (CGP) soltou uma nota ponderando o que restou de bom da 15a Conferência do Clima. Sem acordo político sobre REDD em Copenhague, aumentaram as expectativas sobre se os países vão conseguir colocar o tema nos eixos novamente em 2010.

Mas, se partirem dos resultados dos grupos de trabalho de assessoramento, que reconheceram na Dinamarca que garantias socioambientais precisam andar juntas com a redução de emissões de gases estufa, as chances de sucesso nas próximas rodadas serão bem maiores. Segundo a GCP, ainda há razão para acreditar que um acordo climático com ações para redução do desmatamento entre em vigor após 2012. Iniciativas como o Programa das Nações Unidas sobre REDD (UN-REDD, Forest Carbon Partnership Facility e o grupo de trabalho sobre financiamento de REDD (IWG-IFR) continuam angariando experiências no mundo para contribuirem com o processo de negociações da ONU. No texto final do “Acordo de Copenhague”, o simples fato de ter havido um reconhecimento sobre a importância do REDDplus também pode ser considerado um ponto a favor.  REDD plus é o mecanismo de redução de emissões por desmate salvaguardando direitos de populações locais, conservação da biodiversidade e garantias financeiras.

Releia reportagens sobre o andamento das negociações sobre REDD na COP15:

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Sem florestas não tem acordo
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