Enquanto Uruguai e Alemanha faziam uma partida sem sentido por um terceiro lugar que não vale nada. Não muito longe dali, em Plettenberg Bay um antigo porto baleeiro do litoreal sul-africano, a Reserva Natural (equivalente aos Parques Estaduais brasileiros) de Robberg estava vazia e brincava de ser paraíso.
A Reserva cobre uma península rochosa e escarpada de meros 174 hectares. Ela protege, entretanto, muito mais que a terra em que está inserida, pois inclui uma reserva marinha que estende por 1,8 milha náutica ao longo de todo o perímetro de Robberg. É aí que está a riqueza de sua fauna. Milhares de leões marinhos se acasalam em seus rochedos, tubarões brancos patrulham as águas na espreita de um filhote desprevenido, gaivotas abundam. Ademais, desde 1980, quando a pesca à baleia foi banida das águas sul-africanas, nos meses de julho a novembro é possível ver os cetáceos singrando as águas de Robberg. Quando percorri a trilha da Reserva, avistei três deles.
Tudo isso pode ser apreciado em uma caminhada de pouco menos de 4 horas por uma trilha espetacular de 11,3 km que circunda Robberg. Mas cuidado. Em dias de mar bravio ondas gigantes já pegaram desprevenido mais de um aventureiro causando várias fatalidades ao longo dos anos. A alguns invernos atrás um vagalhão destruiu o abrigo de excursionistas do Parque. Felizmente estava vazio. Agora contruíram outro em um ponto mais alto (e mais bonito). Quanto mais conheço a África do Sul, mais gosto dela!
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