Notícias

Lutar pela causa ambiental faz, sim, diferença

Estudo realizado nos Estados Unidos indica que movimento ambientalista tem feito diferença na implantação de políticas ambientais.

Vandré Fonseca ·
18 de junho de 2015 · 9 anos atrás

Thomas Dietz, um dos autores do artigo. No artigo publicado, os pesquisadores concluíram que pressão conservacionista está contribuindo para alguns Estados americanos reduzirem emissão de gases de efeito estufa. Crédito: Kurt Stepnitz / Divulgação
Thomas Dietz, um dos autores do artigo. No artigo publicado, os pesquisadores concluíram que pressão conservacionista está contribuindo para alguns Estados americanos reduzirem emissão de gases de efeito estufa. Crédito: Kurt Stepnitz / Divulgação

Manaus, AM  — O engajamento dos ambientalistas tem conseguido resultados positivos na implantação de políticas verdes por parte dos governantes. Pelo menos é isso que indica um estudo sobre as políticas de emissões de gases de efeito estufa nos 50 Estados americanos, publicado esta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

No estudo, realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Michigan (EUA), foram comparadas as emissões individuais de cada estado americano e quanto tempo deve demorar para que essas emissões voltem a níveis de 1990. O estudo correlacionou esses dados com aumento da população, Produto Interno Bruto, taxa de emprego e a atuação ambiental de congressistas que representam os eleitores do estado, medido pela Liga dos Eleitores Conservacionistas.

A conclusão foi que apesar das pressões impulsionadas pelo aumento da população e poder econômico, o ambientalismo é capaz de influenciar as políticas estaduais de emissões, mesmo que os Estados Unidos não tenham uma política nacional para tratar da questão, de acordo com a conclusão dos autores do estudo.

O artigo cita o caso de Nova Iorque. Esperava-se que o aumento da população no Estado resultasse em uma elevação significativa das emissões de carbono, mas elas caíram graças às políticas que favorecem a proteção ambiental.

“Os regulamentos existentes podem ser aplicados de forma estrita ou menos rigorosa e os programas podem ser perseguidos com entusiasmo ou receberem uma prioridade baixa”, pondera o professor Thomas Dietz, da Universidade de Michigan, um dos autores do artigo. “Mesmo sem políticas e programas formais, a importância de reduzir as emissões pode ser amplamente aceita por indivíduos e organizações e isto resultar em ações que tenham substancial impacto”.

 

 

Saiba Mais
Artigo: Political influences on greenhouse gas emissions from US states,” by Thomas Dietz, Kenneth A. Frank, Cameron Whitley, Jennifer Kelly, and Rachel Kelly.

Leia Também
As cores do novo ambientalismo
Ambientalismo moderado
Ambientalismo: Como ser otimista perante os fatos?

 

 

 

Leia também

Análises
18 de novembro de 2024

Uma alga desafia o Brasil: Estamos preparados para uma nova arribada massiva de Sargaços?

Enquanto o Caribe vive um embate anual contra estas algas, o Brasil está como que aguardando uma bomba-relógio prestes a explodir a qualquer momento

Podcast
16 de novembro de 2024

Entrando no Clima#36 – Primeira semana de negociações chega ao fim

Podcast de ((o))eco escuta representantes de povos tradicionais sobre o que esperam da COP29 e a repercussão das falas polêmicas do governador Helder Barbalho.

Notícias
16 de novembro de 2024

COP29 caminha para ser a 2ª maior na história das Conferências

Cerca de 66 mil pessoas estão credenciadas para Cúpula do Clima de Baku, sendo 1.773 lobistas do petróleo. Especialistas pedem mudança nas regras

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.