A tartaruga-de-pente pode ser encontrada nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, preferencialmente nos arredores de recifes de corais e em locais de águas rasas. Pesam até 150 quilos e sua bela carapaça pode medir cerca de 110 centímetros. Além de bela, sua carapaça é muito valiosa no mercado, usada para fabricação de aros de óculos, bijuterias e, ironicamente, pentes. Essa caça predatória já levou a tartaruga de pente a uma situação de quase extinção e é graças a vários programas e projetos de educação ambiental e preservação, como o famoso Projeto Tamar, que lentamente o número de indivíduos da espécie aumenta.
A beleza única da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) a está levando a passos largos para a extinção. Dona de uma carapaça colorida em tons de dourado, âmbar e marrom, a demanda pela casca utilizada na fabricação de joias, ares de óculos e até de pentes colocou o animal na categoria criticamente em Perigo (Critically Endangered) da IUCN. Visando proteger o pouco que sobrou da população da Eretmochelys imbricata, ambientalistas, operadores de turismo e alguns setores da mídia lançaram a campanha Too rare to wear (Raro demais para usar). A campanha tem como foco conscientizar o turista sobre os males da comercialização de produtos que utilizam a casca da tartaruga e assim diminuir a demanda. Nos próximos meses serão desenvolvidos guias para que se reconheçam itens de tartaruga. Por enquanto, a campanha visa atingir os turistas, mas espera-se que alcance também os vendedores. O que se pede é que os turistas não só não comprem os itens, mas também digam aos vendedores o porquê de não estarem comprando, incentivando assim o fim desse comércio. Muitos comerciantes não sabem que estão vendendo produtos derivados de animais em perigo. O comércio ilegal das tartarugas-de-pente e seus produtos foram proibidos pela Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES) em 1992, mas mesmo assim, produtos que utilizam a rara tartaruga continuam sendo comercializados.
Fonte: Mongabay.
Leia também
Jornalismo investigativo na Amazônia: cobertura de crimes ambientais em locais de risco
Seminário de Jornalismo Ambiental ((o))eco discutiu métodos de apuração em diferentes biomas, segurança em campo e programas de mentoria →
Fortaleza sedia o primeiro Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental realizado no Nordeste
A 8ª edição do CBJA, híbrido e com inscrições gratuitas, será nos dias 19, 20 e 21 de setembro e contará com importantes jornalistas ambientais do País →
Tendências e soluções para a descarbonização do setor de transporte
Principal usuário de combustíveis fósseis em todo o mundo, a dimensão do setor de transportes de pessoas e cargas exige abordagem multidisciplinar e com tecnologias diversas →