Notícias

Rico no papel

Maior área de preservação de Mata Atlântica do litoral do país, o Parque Nacional da Serra da Bocaina recebe do Ibama para seu sustento 40 mil reais por ano. Não é nada, e do caixa do órgão federal não adianta esperar muito mais. Mas se a legislação fosse cumprida, a direção do Parque nem precisaria se preocupar com isso. Pelo que diz a Lei de Compensação Ambiental, a Bocaina deveria ter 8 milhões de reais em seu cofre, pagos por três empresas elétricas que se beneficiam de seu terreno ou do entorno. Duas são estatais: a Eletronuclear, colada ao Parque, e Furnas, cujas linhas de transmissão passam por ele. Devem, somadas, 5 milhões de reais. O resto cai na conta da AES Tietê, dona da hidrelétrica de Água Vermelha. A Eletronuclear diz que vai pagar em breve 160 mil reais. Pequena parcela do que deve, mas na pindaíba geral que graça nas unidades de conservação do país, já dá para lamber os beiços. O dinheiro vai bancar o custeio da infra-estrutura do Parque. O resto, ninguém sabe quando chega. A Lei de Compensação Ambiental, regulamentada em 2002, ainda é motivo de debate metodológico no Ibama, coisa que só ajuda as empresas, que contestam judicialmente o montante devido ao Parque.

Redação ((o))eco ·
3 de setembro de 2004 · 21 anos atrás

Leia também

Notícias
5 de dezembro de 2025

Conama incorpora justiça climática e combate ao racismo ambiental em nova diretriz

Resolução inédita reconhece desigualdades ambientais e cria diretrizes para políticas mais justas; Princípios foram aprovados durante 148ª reunião do colegiado

Salada Verde
5 de dezembro de 2025

Plataforma reúne dados da cadeia da restauração para alavancar agenda no país

A Vitrine da Restauração ajuda a conectar fornecedores de insumos e serviços, viveiros, pesquisadores e políticas públicas para acelerar iniciativas de recuperação da vegetação

Notícias
5 de dezembro de 2025

MPF pede anulação da licença concedida à Petrobras para exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Para Ministério Público, licenciamento contém falhas graves, como uso de base de dados defasada e subdimensionamento da área de influência do empreendimento

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.