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Funai deve ir para o Ministério da Agricultura, diz Onyx

Futuro ministro da Casa Civil afirma que questão indígena deverá sair do Ministério da Justiça. Objetivo é dar novo direcionamento para a pasta

Daniele Bragança ·
3 de dezembro de 2018 · 6 anos atrás
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Futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anuncia mudanças na Funai. Foto: José Cruz/Agência Brasil.

A Fundação Nacional do Índio (Funai), autarquia responsável pela questão indigenista do país, deverá ficar subordinada ao ministério da Agricultura. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (03) pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista à imprensa. Atualmente a Funai está incorporada ao ministério da Justiça.

“A Funai está em processo de definição, mas deve ir para a Agricultura”, disse. “O Brasil há muitos anos cuida dos seus índios através de ONGs que nem sempre fazem trabalho mais adequado. A visão que o presidente tem é no sentido de dar mais condições dos indígenas que quiserem, possam ter outra condição”.

Segundo o ministro, a ideia ainda está em definição, mas objetivo é dar um novo direcionamento ao órgão.

A Funai está vinculada ao ministério da Justiça desde 1967, quando foi criada. Cabe a ela promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. A autarquia também coordena e implementa as políticas de proteção aos povos isolados e recém-contatados. Se a mudança ocorrer, quem responderá pela pasta será a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, atual presidente da bancada ruralista.

Indígenas contavam com Moro 

Há 3 semanas, indígenas de diferentes etnias gravaram um vídeo pelando ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, que proteja e faça valer os direitos dos povos indígenas e “impedir esses retrocessos”. Desde a campanha, Jair Bolsonaro (PSL), agora eleito presidente, tem dito que não demarcará mais nenhuma terra indígena no país.

Os indígenas contavam com a influência de Moro para que os processos de demarcação não fossem paralisados.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 3

  1. Paulo diz:

    O Presidente eleito Bolsonaro, tem que parar de ouvir e repassar estas fake news.

    Parece, a ex Presidente Dilma, falando a nação.


  2. Coro@ado-MAO diz:

    Barrigada. Já foi desautorizada essa iniciativa pelo próprio Presidente eleito. Em tempo, as agendas ambientais, indígenas e fundiárias diversas deveriam compor um Ministério do Interior.


  3. Paulo diz:

    Antropologia em agricultura, tenham certeza, vai dar lambança. Preparem a chuvas de ações na justiça federal.