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Rara, Foca-leopardo é encontrada em litoral gaúcho

Animal foi visto descansando no Balneário de São José do Norte (RS) no sábado (10). População acionou as equipes do Projeto Pinípedes do Sul e do Centro de Recuperação de Animais Marinhos para irem ao local

Sabrina Rodrigues ·
12 de agosto de 2019 · 5 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Uma foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) foi vista no sábado (10) no Balneário de São José do Norte. Foto: NEMA (Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental).

Uma foca-leopardo (Hydrurga leptonyx) foi avistada descansando na frente do balneário de São José do Norte, no Rio Grande do Sul, no último sábado (10). Equipes do Projeto Pinípedes do Sul e do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM/FURG) foram acionadas e examinaram o animal na manhã de domingo (11), onde verificaram o quadro clínico da foca.

Os últimos registros da foca-leopardo encontrada viva no estado do Rio Grande do Sul data de julho de 2018, no Balneário Cassino, nas Ilhas dos Lobos em 2010 e no Balneário Cassino em 2008.

Durante o exame, as equipes isolaram o local entre às 10h30 e 11h até que a foca retornasse para a água sozinha. 

Para o colaborador do Projeto Pinípedes do Sul, o doutor em oceanografia biológica, Kleber Grübel da Silva há um motivo para o aparecimento da foca.“A competição alimentar desses animais durante o inverno pode forçar alguns animais a buscar alimentos em águas subantárticas e seguir a Correntes das Malvinas até a costa do Rio Grande do Sul”, explica o oceanógrafo.

A foca-leopardo tem como habitat natural as costas antárticas, ao redor das ilhas subantárticas e no gelo flutuante durante o verão. Já no inverno, animais dessa espécie migram para o norte e indivíduos solitários para a América do Sul, sul da África, Austrália e Nova Zelândia. A Hydrurga leptonyx tem a cabeça grande, dentes com várias pontas, ausência de orelhas e pelagem curta e pintadas de tonalidades cinza-azulados, dorso-escuro e ventre claro. O animal está classificado na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como de menor preocupação (Least Concern) e atualmente possui uma população mundial estimada de 200 a 300 mil exemplares. 

O que fazer em caso de avistamento de pinípedes

Os especialistas aconselham os cidadãos que avistarem leões, lobos, focas ou elefantes marinhos no Rio Grande do Sul que entrem em contato com o NEMA (Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental) pelo telefone (53) 3236-2420 ou com o CRAM/FURG pelo número (53) 3231-3496. Com a ligação, a equipe técnica do Projeto realizará um registro de ocorrência para o registro no banco de dados e originar pesquisas em prol da conservação da espécie.

O local foi isolado por meia-hora para que fossem feitos os procedimentos veterinários necessários até que a foca retornou para a água sozinha. Foto: NEMA (Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental).

 

 

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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