Um grupo internacional de cientistas usou armadilhas fotográficas na China e na Rússia e descobriu que na região fronteiriça entre os dois países (da fronteira sul da província de Primorskii na Rússia e na província de Jilin na China) existem apenas 84 leopardos-de-amur (Panthera pardus orientalis). O resultado da pesquisa foi publicado pela revista científica Conservation Letters, em que os pesquisadores reconhecem a importância desse tipo de colaboração, pois fornece uma linha de base a partir da qual trabalhar para salvar o Panthera pardus orientalis da extinção.
Estudos anteriores determinaram que o número de leopardos era de apenas 25, uma vez que a caça por sua pele para a produção de casacos fomentou a perda de seu antigo habitat. Apesar do total “maior do que o esperado”, com 84, o leopardo-de-amur ainda está em uma posição precária. Segundo os cientistas, esse número indica que a população provavelmente tem pouca diversidade genética e, como resultado, um surto de doença ou ameaça pode ser catastrófico. A atual pesquisa durou dois anos e os estudiosos observaram que os leopardos estão se mudando da Rússia para a China, devido ao saturamento do seu habitat.
O Parque Nacional do leopardo, localizado na Rússia, foi um dos locais onde foram instaladas as câmeras fotográficas. O trabalho envolveu cientistas da China, Rússia e Estados Unidos.
Os leopardos-de-amur (Panthera pardus orientalis) é uma subespécie de leopardo e se diferenciam das demais subespécies devido à sua pele e pernas mais grossas e peludas. O número reduzido de sua população alerta os cientistas para o perigo de extinção desses animais que sofrem com a caça ilegal e com a perda de habitat pela construção de estradas e incêndios florestais.
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Transboundary cooperation improves endangered species
monitoring and conservation actions: A case study of the global
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Parabenizo a politica de conservação da China e Russia, por estas ações de conter a extinção do leopardo de Amur e o tigre siberiano.