O tapa de Marina Silva

Está fácil dar uns tapinhas em Carlos Minc. Em entrevista ao jornal O Globo, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tratou de alfinetar seu sucessor. Sem citar o nome dele diretamente, a senadora disse que a lista dos maiores desmatadores da Amazônia começou a ser elaborada durante o seu governo, e que ela não teria demorado sete meses para divulgá-la. Além disso, contou que preferiu identificar os criminosos e multá-los antes de anunciar a relação “de forma pirotécnica” para não prestar um desserviço ao país. Para finalizar, afirmou que teria lido e checado “ítem por ítem” da lista. Ministro, fuja do mico!

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Invasores causam prejuízos

O formigueiro-do-litoral, uma das quatro aves mais ameaçadas do mundo, pode estar com os dias contados. O mico-da-serra e o mico-leão-dourado correm o mesmo risco. Originais da Mata Atlântica no Rio de Janeiro, as três espécies sofrem com acelerado  processo de extinção em virtude do aumento da população dos micos-do-cerrado e do nordeste, trazidos pelo homem para o estado fluminense. De acordo com reportagem do jornal O Globo (só para assinantes), são dois os problemas principais: os constantes ataques dos animais exóticos e a possibilidade de cruzamento entre as espécies, o que resulta em descedentes híbridos.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Captura de CO2 diretamente do ar

Pesquisadoras da Universidade de Calgary, no Canadá, inventaram uma forma de seqüestrar gases de efeito estufa usando uma tecnologia que está perto de se tornar comercial. Segundo eles, ao contrário dos métodos atuais, o novo equipamento é capaz de capturar CO2 diretamente do ar, em qualquer lugar do planeta. A empreitada não foi nada fácil, diz notícia do Science Daily, pois a concentração do gás em determinadas porções da pode ser extremamente baixa. Para os cientistas, a investigação é particularmente importante porque, por enquanto, é a única forma eficaz para se capturar poluentes a partir de fontes móveis, como veículos e aviões.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Nuvem de fumaça

O último dia de setembro amanheceu extremamente nebuloso no noroeste de Mato Grosso. Não eram nuvens de chuva, que felizmente caiu no domingo passado. Logo após o breve alívio de São Pedro, fazendeiros trataram de tascar fogo nos seus pastos, todos ao mesmo tempo. E quem disse que a lei estadual que proíbe qualquer queimada neste período desanimou os proprietários? O resultado pôde ser conferido assim que o Sol nasceu, quando mal se conseguia enxergar a estrada e a paisagem desmatada da rodovia MT-170 (Juína-Brasnorte).

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Toreiros batem ponto

Nesta terça (30), O Eco flagrou caminhões carregados de toras na estrada que dá acesso à Terra Indígena Menku, no noroeste de Mato Grosso. Apesar de várias denúncias sobre extração ilegal de madeira da área, alguns índios afirmam que as árvores são derrubadas em pontos limítrofes, mais especificamente em região pleiteada pelos próprios índios para ampliação do território, hoje com 47 mil hectares. De acordo com eles, há pelo menos quatro anos os madeireiros tiram toras sem descanso da área vizinha, que vai ficando descaracterizada e contém registros de antigas aldeias e cemitérios. O caminhão da foto, desfocada devido à trepidação do pesado veículo, não trafega sozinho. Cinco a seis deles costumam percorrer juntos o trecho, contam os índios.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Belo Horizonte ao triplo para manejo

O governo assinou, ontem, os primeiros contratos de concessões para manejo na Floresta Nacional de Jamari (RO). Os beneficiários são um consórcio liderado pela Alex Madeiras e as empresas Sakura e Amata. Juntas, as três áreas alvo de manejo têm 96 mil hectares. A área é três vezes maior que Belo Horizonte (MG) e representa quase 45% dos 220 mil hectares da área protegida. Conforme o Ministério do Meio Ambiente, o restante servirá como área de preservação ambiental ou será destinada a populações locais. As concessões, nos cálculos governistas, devem gerar R$ 3,8 milhões em  arrecadação anual direta. O dinheiro deve ser usado em fiscalização, monitoramento e controle das próprias áreas licitadas.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Sementes serão coletadas em UCs

No último dia 20, entrou em vigor no estado de São Paulo uma nova resolução para “disciplinar” a coleta e utilização de sementes em Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral. A idéia é usá-las na recuperação de terras degradadas, como as matas ciliares estaduais, desde que a coleta seja feita com plano de manejo e com certificação de origem e destino do material. Para o pesquisador Renato Lorza, coordenador do grupo que preparou a resolução, a coleta de sementes em UCs passará por uma “mudança de paradigmas”, já que a prática não era permitida. “A resolução mostra que é possível fazer com que uma unidade de conservação tenha um papel na recuperação ou restauração dos ecossistemas que ela representa”, disse.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Decreto paulista é ruim, dizem pesquisadoras

Apesar do tom otimista com que o novo decreto foi apresentado, ele não é tão positivo assim, dizem as pesquisadoras Fernanda Paraná e Maísa Guapyassú, da Fundação O Boticário. Elas questionado o fato de a lei estadual se sobrepor ao que diz o Sistema Nacional de Unidades de Conservação  (SNUC) , que proíbe o uso direto de sementes de UCs de Proteção Integral, liberando a coleta somente para pesquisa. “A coleta de sementes é super nobre e importante, mas somente em Unidades de Uso Sustentável [...] O decreto é inconstitucional”, diz Fernanda. Segundo ela, a lei sinaliza, de cara, dois pontos negativos: o fato de que, se é necessário coletar em UC de Proteção Integral para suprir a demanda, quer dizer que as Unidades de Uso Sustentável não estão cumprindo sua função; e que o decreto é ruim para a conservação, já que o uso direto da semente não deixa que outros processos naturais ocorram. Além disso, a pesquisadora também salienta que, se a desculpa é de que estão sobrando sementes em áreas protegidas, isso pode ser um sinal de que elas estão pobres de fauna.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Livros sobre topo da serra sulista

Financiados pelo CNPq e coordenados pela professora Georgina Bond Buckup, 32 pesquisadores da Universidade Federal (UFRGS) e da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) do Rio Grande do Sul lançaram dois livros didáticos sobre a diversidade de vida dos Campos de Cima da Serra, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O material foi distribuído gratuitamente a professores de escolas estaduais e municipais dos dois estados, que poderão usar tudo em sala de aula.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Carona para casa

Os pingüins que se aventuraram até o litoral da Bahia este ano, em uma migração considerada “atípica” por pesquisadores, ganharão hoje uma caroninha de volta para casa. Cerca 300 pingüins de Magalhães que foram parar em Salvador e estavam aos cuidados do Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), serão transportados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até a cidade gaúcha de Rio Grande, onde retornam ao mar. Segundo o IMA, a carona é necessária porque, se forem soltos no litoral baiano, provavelmente não conseguirão retomar o caminho devido às correntes marítimas que os trariam de volta para o continente. Pouco mais de 100 pinguins ainda não reabilitados continuarão no Instituto até que tenham se recuperado completamente. Os animais achados na Bahia chegaram magros e fracos, tamanho o esforço de ir tão longe atrás de comida.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008