Imagine um parque nacional que protege um importante patrimônio natural da humanidade, com cenários de extraordinária beleza, infra-estrutura profissional para o turismo e, por causa de bem sucedida parceria público-privada, tenha receita suficiente para atender a todas as suas necessidades e, de fato, funcione. Pois ele existe, em Foz de Iguaçu. Funciona muito bem, na parte comercial. Na área da preservação, conta com o entusiasmo e o empenho do Ibama local, que tem gente de muito bom nível e visivelmente comprometida com a questão ambiental. Mas, apesar de gerar uma receita significativa, a área pública do parque tem que ficar de pires na mão, mendigando cada tostão para cada uma de suas ações, todas essenciais à proteção desse esplêndido e frágil patrimônio da natureza. A parte do mercado vai bem. A parte estatal, vai levando.
Leia também
COP16 encerra com avanços políticos e sem financiamento para conservação
Atrasos complicam a proteção urgente da biodiversidade mundial, enquanto entidades apontam influência excessiva do setor privado →
Fungos querem um lugar ao sol nas decisões da COP16
Ongs e cientistas alertam que a grande maioria das regiões mundiais mais importantes para conservá-los não tem proteção →
Parque Nacional do Iguaçu inaugura trilha inédita
Trilha Ytepopo possui um percurso de 5 km que segue caminho às margens do Rio Iguaçu e poderá ser feita pelos visitantes do parque →